A invasão russa ao território ucraniano na última quinta-feira (24) resultou em efeitos colaterais no mundo do esporte e a Fórmula 1 acabou envolvida.
Após reunião dos chefes de equipes com dirigentes da categoria, ficou definido que o GP da Rússia deste ano, previsto inicialmente para 25 de setembro, em Sóchi, não vai acontecer enquanto durarem os conflitos no leste europeu.
Em comunicado enviado na manhã desta sexta-feira (25), durante os testes de pré-temporada em Barcelona, a F1 declarou que é impossível seguir com a realização da etapa russa nas atuais circunstâncias. Não foi informado se há a possibilidade de uma nova prova entrar no lugar, nem mesmo se vai realmente acontecer um cancelamento do evento.
“A Fórmula 1 visita países ao redor do mundo com uma visão positiva de unir pessoas e juntar nações. Acompanhamos os acontecimentos na Ucrânia com tristeza, espanto e esperança de uma rápida e pacífica resolução diante da atual situação”, disse o comunicado.
“Na noite de quinta-feira, a FIA e as equipes discutiram a posição do esporte e conclusão apontou que é impossível seguir com o GP da Rússia nas circunstâncias atuais”, seguiu a nota.
As equipes da Fórmula 1 se reuniram na noite de quinta-feira (24), em Barcelona, para discutir os efeitos da invasão russa na Ucrânia. Em nota divulgada antes do início do segundo dia de testes em Barcelona, a categoria afirmou monitorar o desenvolvimento da situação e optou por não comentar sobre a realização da corrida.
Os efeitos da invasão russa, que teve início na madrugada da última quinta-feira, já tinham aparecido na F1. A Haas, que utilizou um carro no jogo de cores da bandeira da Rússia desde o ano passado, tirou tudo após invasão da Ucrânia, inclusive o maior patrocinador da equipe, e correu com um bólido todo branco no último dia de testes em Barcelona.
Outros esportes também já tinham se movimentado e até mesmo retirado eventos internacionais do território russo. A agência Associated Press cravou que a UEFA optou por mudar a sede da final da Liga dos Campeões da Europa, em junho, que inicialmente seria em São Petersburgo. A entidade máxima do futebol europeu confirmou a mudança da decisão de seu maior torneio de clubes para Paris, na França.
A Rosgonski, promotora do evento, também se prontificou a explicar a atual situação da prova diante do comunicado emitido pela F1. De acordo com a empresa, não há o cancelamento definitivo da etapa em Sóchi.
“De acordo com o comunicado emitido pela F1, devido ao atual cenário político mundial, a FIA decidiu suspender os preparativos para a etapa da Rússia previamente agendada para setembro de 2022 porque é impossível seguir nas circunstâncias atuais, diz a nota divulgada.
“O acordo entre a promotora do GP da Rússia e a F1 está suspenso devido a um evento de força maior. Os ingressos vendidos não serão cancelados. Não há necessidade de buscar reembolso porque, por enquanto, ainda há a possibilidade da corrida seguir como no cronograma atual”, seguiu.
A temporada 2022 teoricamente marca a última aparição do circuito de Sóchi no calendário. Desde 2014, a pista russa, construída dentro do Parque Olímpico, é presença constante no cronograma da F1. Em 2023, porém, o GP da Rússia muda de sede e passa a ser disputado no Igora Park, circuito localizado em São Petersburgo.
Fonte: Grande Prêmio
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