O novo presidente do Santos, Marcelo Teixeira, afirmou neste sábado (9) que a equipe não usará a camisa 10 enquanto disputar a Série B do Campeonato Brasileiro. Para ele, a Segunda Divisão não estaria à altura do número eternizado por Pelé.
"Antecipo uma ideia: nós vamos propor ao conselho deliberativo que, no Campeonato Paulista, nós vamos atuar normalmente com a camisa de número 10. No Campeonato Brasileiro, enquanto não subir e estiver no seu degrau, no seu patamar, digno, nós não atuaremos com a camisa de número 10", afirmou ele.
"Em memória, em honra, já que neste ano a gente teve no campeonato [Brasileiro] a homenagem ao Rei Pelé, continuaremos nessa missão. Enquanto não voltarmos, o Santos Futebol Clube não usará a camisa mais gloriosa de sua história, de número 10", completou.
Quem vestiu a camisa 10 neste ano foi o venezuelano Yeferson Soteldo, um dos raros destaques do elenco rebaixado.
Eleito neste sábado, Teixeira volta ao comando do Santos após 13 anos. Ele já esteve à frente do clube em 1992, 1993 e de 2000 a 2009. Ele derrotou quatro concorrentes e contabilizou 4.762 votos dos quase 8.800 possíveis.
A eleição teve momentos de tensão. Um grupo de torcedores arrombou um dos portões de acesso ao ginásio Athiê Jorge Coury, onde ocorria a votação, e iniciou um conflito com trocas de agressões com seguranças contratados pelo clube.
O principal alvo era Celso Jatene, ex-secretário de Esporte de São Paulo e atual presidente do Conselho Deliberativo.
O problema foi controlado com reforço da Tropa de Choque da Polícia Militar. Segundo o delegado seccional de Santos, Rubens Eduardo Barazal, os responsáveis dispersaram rapidamente. Um deles foi detido.
A apuração foi iniciada por volta das 17h20, com um pequeno atraso para compensar a paralisação de quase vinte minutos devido a confusão.
Teixeira terá como vice Fernando Gallotti Bonavides, ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube entre 2016 e 2017.
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