Árbitro da final da Champions se desculpa por ida a evento de direita

A Uefa divulgou, nesta sexta-feira, o posicionamento do árbitro Szymon Marciniak, que está escalado para a final da Champions League, entre Manchester City e Inter de Milão. O polonês, que foi denunciado por palestrar em um evento de extrema direita, pediu desculpas.

- Quero expressar minhas mais profundas desculpas pelo meu envolvimento e qualquer aflição ou dano que possa ter causado. Eu não sabia que estava associado a um movimento polonês de extrema-direita. Se eu soubesse desse fato, teria recusado categoricamente o convite. É importante entender que os valores promovidos por este movimento são totalmente contrários às minhas crenças pessoais e aos princípios que busco defender em minha vida. Estou profundamente arrependido por qualquer percepção de que minha participação possa tê-los contradito - disse o árbitro em comunicado oficial da Fifa.

Marciniak também afirmou compromisso no combate à discriminação no futebol e prometeu ser mais vigilante ao examinar eventos e organizações com as quais se associa. A Uefa declarou que reconhece as profundas desculpas e esclarecimentos do árbitro, que segue escalado para a final da Liga dos Campeões.

Entenda o caso

Szymon Marciniak foi palestrante de um evento de extrema direita na última segunda-feira, na Polônia. A polêmica se dá porque a reunião foi promovida por Slawomir Mentzen, líder do Confederação e que já lançou um slogan "contrário a judeus, gays, aborto, tributação e a União Europeia".

O evento, intitulado "Everest" foi veiculado como uma oportunidade de networking seguida por uma sessão de degustação de cerveja. Porém, ativistas antirracismo alegam que o que ocorreu foi uma tentativa de ganhar apoio político.

Marciniak é um dos árbitros de maior prestígio da Europa na atualidade. Além de estar escalado para a final da Champions League, a ser disputada no dia 10 de junho, em Istambul, na Turquia, o polonês apitou a decisão da Copa do Mundo de 2022 no Catar, na qual a Argentina conquistou o terceiro título mundial, superando a França nos pênaltis.