A confusão dos jogadores, comissão técnica e dirigentes do Sergipe com a arbitragem após o apito final da partida contra o Botafogo pode resultar em punição. O árbitro Braulio da Silva Machado relatou as agressões físicas e verbais na súmula da partida. No documento, o árbitro registrou agressões físicas de alguns alvirrubros e também ameaças de morte.
No caso de Ernan Sena, presidente do clube, Machado escreveu que ele “desferiu vários socos em minha direção com uso de força e muita agressividade, sendo que o primeiros socos atingiram o lado esquerdo do meu rosto e os demais meu braço e costas”, entre outras ameaças verbais, e justificou o revide do assistente como legítima defesa.
Em relação ao lateral-esquerdo Miguel, que foi expulso após a confusão, a arbitragem disse que o jogador chutou o assistente Henrique Neu Ribeiro. O árbitro ainda ainda relatou que teve a camisa puxada pelo zagueiro Silvio, que não estava relacionado para a partida, e agressões físicas desferidas pelo fisiologista do clube.
Braulio da Silva Machado ainda informou na súmula que solicitou ajuda aos seguranças privados, mas eles se recusaram a entrar em campo para proteger a equipe de arbitragem, que teve de esperar a chegada da Polícia Militar.
O árbitro disse que está providenciando o Boletim de Ocorrência e o exame de corpo de delito para serem anexados.
Até o momento, a Procuradoreia do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou apenas a suspensão preventiva do presidente do Sergipe, Ernan Sena, até o julgamento, que ainda não tem data marcada. O pedido foi encaminhado com urgência para análise do presidente do STJD, Otávio Noronha.
Em entrevista à TV Sergipe, Ernan Sena disse que a violência praticada não tem justificativa e pediu que apenas ele, na figura de dirigente, sofresse alguma punição. O presidente do Sergipe foi denunciado por invasão de campo e por agressão física contra arbitragem. Pela primeira denúncia, suspensão é de 15 a 180 dias, na segunda, por, no mínimo, 180 dias.
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