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15/10/2022 14:15
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Advogada acusada de matar a própria mãe é presa em Belém

Juliana Giugni Cavalcante prestou depoimentos na Divisão de Homicídios, da Polícia Civil do Pará.
A advogada Juliana Giugni, acusada de matar a própria mãe em Belém / Foto: Reprodução / O Liberal
Redação com G1

A Polícia Civil confirmou neste sábado (15) a prisão preventiva da advogada Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello foi presa na noite de sexta-feira (14). Ela é suspeita de matar a própria mãe.

Segundo a Polícia, a suspeita prestou depoimento na Divisão de Homicídios, em Belém, e em seguida foi encaminhada ao sistema penitenciário, onde deve permanecer à disposição da Justiça.

Em nota, a PC informou ainda que o inquérito que investiga o caso segue sob sigilo. A defesa de Juliana Giugni afirma que vai provar na Justiça que ela não é autora do crime.

Na última quinta-feira (13), a Justiça do Pará decretou a prisão preventiva de Juliana Giugni, acusada do homicídio triplamente qualificado pelo assassinato da própria mãe. O crime ocorreu em janeiro deste ano no bairro da Batista Campos, bairro nobre de Belém.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Pará (MPPA) e aceita pelo juiz da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, João Augusto de Oliveira Júnior. O magistrado também determinou a instauração de incidente de insanidade mental para a ré.

Inicialmente, o filho da vítima, Leonardo Felipe Giugni Bahia, foi denunciado como autor do assassinato e por tentativa de assassinato da irmã. Porém, após novas perícias, o promotor Franklin Lobato Prado concluiu que o feminicídio contra a mãe foi praticado por Juliana, sendo seu irmão o coautor.

As provas e testemunhos recolhidos pelo Ministério Público foram incluídos na denúncia por meio de aditamentos. Após os depoimentos apontarem que Juliana tentou alterar as provas processuais, intimidar as testemunhas e que poderia tentar fugir, o MPPA requereu a prisão preventiva.

As testemunhas ouvidas relataram que a acusada retirou objetos do apartamento, alguns dias após o crime ter ocorrido. Uma funcionária do condomínio relatou que a ré solicitou a retirada do colchão onde a mãe foi assassinada, com o pretexto de que os vizinhos estariam reclamando do cheiro de sangue, o que não foi confirmado pela funcionária.

No segundo depoimento, um morador relatou que encontrou a acusada na garagem do condomínio com cerca de três malas, algumas caixas e sacolas retiradas do apartamento.

Entre as solicitações do Ministério Público à Polícia Civil estão a oitiva de vizinhos e porteiros, exame de sanidade mental dos acusados e interceptação de comunicações telefônicas dos acusados.

Segundo Rodrigo Godinho, advogado da ré, a família não acredita que uliana Mello seja autora do crime, porque as provas técnicas mostram que Leonardo [o irmão] agiu do mesmo modus operandi com a Juliana, como agiu com a mãe.

Ainda, segundo o advogado, "os laudos periciais mostram material genético do Leonardo nas unhas da vítima, e o laudo de lesão corporal dele mostra a lesão de unha, porém essa prova técnica não fora levada em consideração", afirma.

Rodrigo Godinho também apresentou um áudio, na qual Leonardo Bahia conversa com a então namorada no dia do crime. Neste áudio, Leonardo diz que no fundo sempre precisou de ajuda e que tinha surtado.

Relembre o caso

Em 18 de janeiro deste ano, o advogado Leonardo Felipe Giuni Bahia foi preso suspeito de matar a própria mãe a facadas dentro do apartamento da família, no bairro Batista Campos, em Belém.

Na época, a Polícia Civil falou em surto psicótico, já que o acusado disse não lembrar do que havia acontecido, apesar de ter confessado o crime.

"Na nossa experiência, os autores que passam por surto psicótico e cometem homicídio sempre têm esse lapso de memória. Ele não recorda, em momento algum, o que aconteceu", disse o delegado na época.

Leonardo também foi acusado de ferir a irmã na mão e na perna. Ele mesmo chamou a Polícia e se entregou.

Irmã de advogado preso suspeito de matar mãe a facadas é apontada como real autora do assassinato
Em junho deste ano, a Promotoria de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do MPPA concluiu que ficou comprovado que o feminicídio contra a mãe foi praticado pela irmã do advogado, Juliana Giuni Cavalcante Soriano de Mello. Já o irmão foi apontado como co-autor.

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