O brasileiro preso em Portugal, suspeito de ter cometido um homicídio e que foi encontrado com carne humana na mala, além de documentos falsos, enviou um áudio a um amigo confessando o crime e pedindo ajuda após o crime.
Na gravação, Begoleã Fernandes diz: “Reagi e passei ele, tá? Me ajuda aí mano, pelo amor de Deus”.
No áudio, o brasileiro conta ainda que a atitude dele teria sido uma reação a um suposto ataque da vítima, que, segundo ele, seria canibal. No entanto, não há provas dessa afirmação. Ainda de acordo com Begoleã, a vítima tentou “pegar ele”.
Begoleã é suspeito de matar o brasiliense Alan Lopes, 21 anos, que trabalhava como açougueiro em Amsterdã, na Holanda, onde o crime aconteceu em 26 de fevereiro.
Alan vivia na Holanda havia sete anos e sua família é do Distrito Federal. Já Begoleã, 26, é natural de Matipó, na Zona da Mata mineira.
Ao portal G1, a mãe do brasileiro preso — Carla Pimental — confirmou que a voz do áudio é do filho. Segundo a mulher, ela já procurou o Consulado Brasileiro e o Itamaraty, mas que não conseguiu ajuda de nenhum órgão. “Eu preciso ir pra aquele país e ver se meu filho precisa de ajuda psicológica”, afirmou.
“Oh Messias, ora por mim meu irmão, que eu tô beleza, graças a Deus. Mas o que eu passei não foi brincadeira. Ele é canibal. Já tem muito tempo que a galerinha dele sabe, entendeu? […] Só que é uma parada tão bizarra, mas tão, mas tão bizarra que ninguém acredita. […] Eu fui lá e os meninos tinham me avisado que era uma armadilha para ele me pegar, tá ligado? […] Aí na hora que ele tentou me pegar, eu estava com a faca, eu fui e reagi e passei ele, ta ligado? Me ajuda ai mano, pelo amor de Deus!”, disse Begoleã, na gravação.
A defesa do brasileiro afirma que Begoleã agiu em legítima defesa e que transportou carne humana e documentos na mala para provar sua inocência e fazer a identificação dos envolvidos.
“[A legítima defesa é] comprovada através do agarrar a lâmina com a mão direita para impedir que fosse morto, e a prova continua bem visível na mão direita. Só tentou fugir da Holanda, mais uma vez, para evitar ser morto”, afirmou o advogado contratado pela família de Begoleã.
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