O Conselho Tutelar da 7ª Região de Maceió, que responde pelo bairro do Clima Bom, pediu nesta sexta-feira (21) a suspensão da guarda ou o afastamento da mãe da criança de dois anos que foi socorrida com o corpo queimado para o Hospital Geral do Estado (HGE). Para o órgão que acompanha o caso, a mãe do menino foi omissa e negligente.
O pedido de afastamento foi feito por meio de um documento de notícia de fato enviado nesta sexta ao Ministério Público Estadual (MPE). Segundo o conselheiro tutelar Ariudo Alves, para requerer a suspensão, a equipe do órgão se baseou na nova lei de crimes contra a criança e adolescente denominada de Lei Henri Borel. A nova legislação permite que o Conselho Tutelar peça o afastamento do agressor do lar onde a criança reside.
A criança foi socorrida com queimaduras pelo corpo na última terça-feira (19), mas os ferimentos foram causados no dia anterior, segunda-feira (18). De acordo com o Conselho Tutelar, a mãe da criança só a socorreu para o hospital por causa de uma denúncia anônima. A atitude da mãe foi considerada como omissa e negligente pelo conselho.
Agora, por enquanto, o menino está sob responsabilidade de uma tia paterna. As suspeitas é de que a criança vinha sofrendo maus-tratos. A versão da mãe é de que a criança se queimou com água quente no momento em que estava somente o menino e o padrasto em casa e ela estaria trabalhando.
Segundo a perícia, pelas características das queimaduras e outros hematomas espalhados pelo corpo da criança, ela era vítima de maus-tratos. O padrasto é o principal suspeito e está sendo investigado. Ele foi preso nesta sexta-feira (21).
Segundo a delegada do casa, Teíla Rocha, em depoimento, ele relatou que havia cozinhado ovos e saiu da cozinha, deixando a criança sozinha. Em seguida, segundo ele, a criança subiu em uma cadeira e derrubou a panela com água quente em cima dela.
O menino foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde está internado, mas já está em processo de recuperação. Segundo Ariudo Alves, conselheiro tutelar, o pedido de afastamento da mãe se dá ainda pelo fato de que, mesmo acompanhando o filho no hospital, ela mantinha contato com o padrasto suspeito e o matinha informado.
Apesar do pedido do conselho tutelar, a delegada do caso, Teíla Rocha, informou que somente o padrasto está sendo investigado.
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