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09/12/2022 05:46
Polícia

Defesa de PMs diz que empresário jogou carro contra militares

Marcelo ficou vários dias internado e foi transferido para hospitais, vindo a morrer em um hospital de São Paulo, na segunda
/ Foto: Reprodução
Redação com Gazetaweb

A defesa dos seis policiais envolvidos na morte do arapiraquense Marcelo Barbosa Leite, morto após ser baleado durante uma abordagem, dá a sua versão do caso. De acordo com o advogado dos policiais militares, Napoleão Lima Júnior, o empresário da capital do Agreste teria desobedecido ordem de parada e jogado o carro contra os PMs, momento em que foi atingido pelos disparos. O caso ocorreu na madrugada de 14 de novembro.

Marcelo ficou cerca de duas semanas internado e foi transferido para vários hospitais a fim de receber tratamento médico, vindo a morrer em um hospital de São Paulo, na segunda-feira (8).

Em entrevista à imprensa, Napoleão Lima Junior reafirma a versão dada inicialmente, e negada pela família de Marcelo, de que ele portava uma arma de fogo. O advogado de defesa disse ainda que o empresário teria jogado o carro contra os policiais.

"Os policiais atiraram porque sentiram situação de perigo, não só pela arma de fogo, mas também pela forma como o veículo de Marcelo se comportou naquele momento. Não aceitou a voz de comando dos policiais desde o Hospital Chama, passou dois quebra-molas em alta velocidade, depois, sendo abordado de frente, resistiu a abordagem policial, jogou o carro por cima dos policiais e foi aí que aconteceu o fato", relata o advogado dos policiais.

Nesta quinta-feira (8), quatro policiais que estavam no momento da abordagem foram ouvidos pela Polícia Civil. O conteúdo dos depoimentos não foi divulgado. Nesta sexta-feira (9), o delegado do caso Sidney Tenório afirmou que mais dois policiais - os que atiraram contra o veículo de Marcelo - serão ouvidos. Um deles atirou no pneu, o outro atirou na lataria do carro, e atingiu o empresário, de acordo com a autoridade policial.

Até o momento, 10 pessoas foram ouvidas pela polícia, sendo seis delas testemunhas e os quatro policiais.

Família nega que empresário estava armado e reagiu à ação policial

A família de Marcelo Barbosa Leite sepultou o corpo na terça-feira (6). Ele tinha 31 anos. O caso ocorreu no dia 14 de novembro por volta das 00h49, segundo a defesa da família. O advogado da família, Leonardo de Moraes, afirma que, baseada em imagem que captou o momento do disparo, o socorro à vítima só ocorreu cerca de 30 minutos depois.

Um vídeo de câmera de monitoramento foi divulgado nesta terça-feira e mostra o momento em que o empresário é abordado pela polícia. A imagem mostra que Marcelo percorre a via pelo lado direito e faz o retorno à esquerda, quando se depara com os policiais. Segundo afirmação do advogado da família, o empresário recebeu disparos de fuzil nas costas e as balas transfixaram, atingindo três órgãos diferentes: o intestino, o baço e o rim.

Inicialmente, a polícia relatou que a abordagem ocorreu por causa do excesso de velocidade a qual estava Marcelo. Também foi relatado que o empresário estava com uma arma de fogo. "Marcelo não tinha arma de fogo. Todos os parentes relataram que Marcelo tinha aversão a arma de fogo", afirma Leonardo de Moraes à imprensa.

 

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