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30/08/2023 11:20
Polícia

Delegado vai ouvir 70 alunos do curso da PM sobre agressão a jovens

Vítimas estavam nas proximidades do emissário submarino, quando foram agredidas por alunos da Academia da Polícia Militar
/ Foto: Reprodução
Redação com Gazeta Web

 O delegado Nivaldo Aleixo abriu inquérito para investigar a denúncia de três jovens que relataram suposta agressão cometida por alunos do curso de formação da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL). O caso ocorreu na quarta-feira (23). Nessa quinta-feira (31), o responsável pela investigação deve ouvir, aproximadamente, 70 pessoas sobre o episódio de violência. A denúncia envolve agressão, injúria racial, homofobia e ameaça.

Segundo relato dos jovens à polícia, os três estavam nas proximidades do emissário submarino, no Pontal da Barra, quando foram abordados pelos alunos. Durante a revista, eles teriam sido agredidos.

“Na quarta-feira passada, por volta das 17h, os três jovens estavam nas proximidades do emissário submarino, tirando fotos, quando passou um primeiro pelotão de alunos da academia da PM. Por motivos até agora ignorados, eles desceram para fazer uma revista nesses rapazes. Nesta revista, eles acabaram espancando, cometendo crime de homofobia e racismo. Segundo um deles, também cometeram furto, porque levaram um som, e dano, porque quebraram o celular de um dos rapazes”, explicou Aleixo.

Segundo informações, os alunos realizavam um treinamento quando se aproximaram de um grupo que estava fumando no calçadão. Houve a confusão, troca de xingamentos e o grupo fugiu. Os três amigos, que não faziam parte do grupo, mas estavam próximos à confusão, foram agredidos no lugar dos outros jovens.

As vítimas relataram que foram imobilizadas pelos alunos e que sofreram diversas agressões.

Os agredidos realizaram exame de corpo de delito, que será anexado ao inquérito policial. Além da investigação na esfera criminal, conduzida pela Polícia Civil, os suspeitos também serão investigados pela esfera militar.

O delegado intimou cerca de 70 pessoas, dentre eles, os envolvidos diretamente nas agressões, que já foram identificados pelo comando da PM.

“Estive na academia conversando com o comandante e, por eles, vai ocorrer um inquérito policial militar. Tenho informações de quem são os alunos e, na segunda-feira, começo a ouvi-los, aproximadamente 70. Não foram 70 que espancaram, mas aqueles que realmente espancaram serão responsabilizados criminalmente”, explicou.

O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído, mas pode ser prorrogado. “Espero concluí-lo no prazo mais rápido possível”, afirmou o delegado.

Por meio de nota, o Comando Geral da Polícia Militar de Alagoas afirmou que não compactua com desvios de conduta, excessos ou agressões praticados por policiais. Essa regra vale também para o Curso de Formação de Praças (CFP), onde os futuros soldados são instruídos sobre os princípios da hierarquia e da disciplina – que formam a base do militarismo.

 

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