A Polícia Civil da Paraíba divulgou no final da manhã desta terça-feira (7), fotos (borradas) dos suspeitos de furtar o apartamento do influenciador digital Carlinhos Maia. A reportagem conseguiu outras imagens, que você poderá ver ao final da matéria.
As polícias Civil de Alagoas e da Paraíba, em operação conjunta, realizaram a prisão do trio em Campina Grande, na Paraíba, durante a noite desta segunda (6).
O crime foi cometido no dia 29 de maio, quando o influenciador e seu marido, Lucas Guimarães, estavam em compromissos fora do estado. Os três homens furtaram mais de R$ 5 milhões em pertences pessoais no apartamento localizado no bairro Cruz das Almas, em Maceió.
Com os três homens presos em Campina Grande (PB) suspeitos do furto ao apartamento de Carlinhos Maia e Lucas Guimarães, em um luxuoso prédio em Maceió, a polícia apreendeu equipamentos utilizados no crime: ferramentas, celulares, luvas, lanterna e uma escada retrátil. As joias e o relógio, avaliados em cerca de R$ 5 milhões, ainda não foram recuperados, segundo informou a Polícia Civil nesta terça-feira (7).
As prisões aconteceram na noite de segunda (6), em cumprimento a mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, e o trio foi transferido para a capital alagoana nesta terça (7). Os suspeitos foram identificados como Emerson de Holanda Lira, Wellington Medeiros da Silva Moraes e Eliabio Custódio Nebonuceno.
Carro estava em oficina de desmanche
O veículo usado pelos suspeitos na invasão e no furto milionário ao apartamento do influenciador digital Carlinhos Maia, no bairro de Cruz da Almas, em Maceió, estava sendo preparado para desmanche.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, no momento da prisão, um dos suspeitos encontrava-se dentro do carro, onde foram apreendidos um par de luvas e uma lanterna, materiais que teriam sido utilizados no crime. Um dos suspeitos também estava dentro do carro no momento da prisão. Os bens furtados do influenciador não foram encontrados.
“No ato criminoso, esteve na cena do crime o veículo que passa pelo local. Temos certeza que ele está relacionado ao crime. Esse veículo saiu da cidade de Campina Grande na noite do sábado e veio exclusivamente para Maceió. Dentro dele, apreendemos as luvas e uma lanterna. O veículo não parou em momento nenhum, tudo isso para prejudicar a investigação. Ele para por dois ou três minutos, que é o momento que ele sai do residencial e pega os outros criminosos”, afirmou Gustavo Xavier.
Dois dos presos têm histórico criminal e participação em um arrombamento de residência em Campina Grande-PB e envolvimento no furto de um cofre de uma igreja da mesma cidade, que deixou um prejuízo de R$ 500 mil.
“Após identificar o veículo, partimos com a investigação daí. Nas diligências na Paraíba, eles foram identificamos e o veículo encontrado em uma oficina, sendo preparado para desmanche. Dentro do cofre do carro, a polícia encontrou a lanterna e um par de luvas. O veículo foi colocado na oficina por um dos presos que tem passagem pela polícia por arrombamento de residências em Campina Grande. Dois presos são suspeitos de participarem de arrombamentos em locais onde conseguiriam bens de grandes valores, e também de um cofre da igreja com valor de R$ 500 mil”, falou o delegado Lucimério Campos.
“Eles negam, em depoimento, e isso é normal. Nós respeitamos esse depoimento, mas tivemos elementos suficientes para que a Justiça decretasse a prisão. Outras pessoas estão envolvidas, e vamos identificar cada um na medida da sua conduta. Identificaremos todos eles”, destacou o delegado
O inquérito ainda não foi concluído e os delegados que investigam o caso dizem que os três presos negam participação no crime. Ao g1, os advogados que representam os acusados disseram que não tiveram acessos aos autos nem a provas da investigação.
"Surpresa para a família e para a cidade, tendo em vista que ele é empresário e dono de uma reputação ilibada", disse Evanildo Nogueira, responsável pela defesa de Wellington.
"Não tivemos nem acesso aos acusados", afirmou Thiago Araújo da Silva, que representa Emerson e Eliabio .
A Polícia Civil da Paraíba informou que os três presos têm passagem pela polícia por crimes patrimoniais, dois deles por roubos a bancos. Todos são paraibanos e estariam diretamente envolvidos com o furto em Maceió.
De acordo com as investigações, os homens presos são responsáveis pela execução do crime. Dois deles seriam os que aparecem nas imagens de câmeras de segurança na garagem do prédio (assista ao final do texto) e o terceiro seria o responsável por dirigir o carro utilizado no crime. A Polícia Civil ainda investiga se o crime tinha mandante.
Além dos equipamentos, também foi apreendido um carro que, segundo a Polícia Civil, foi utilizado para dar apoio aos criminosos. Câmeras de segurança da parte externa do prédio dos influenciadores filmaram o veículo passando em frente ao imóvel na madrugada do furto.
"Ele [o carro] só para por alguns minutos, 2 a 3 minutos, mas se mantém em movimento para dificultar o trabalho da polícia", disseram os investigadores.
Foi nesse carro, apreendido em uma oficina mecânica em Campina Grande (PB), que a polícia encontrou o par de luvas e a lanterna utilizadas pelos criminosos que invadiram o apartamento de Carlinhos Maia.
Ainda segundo a Polícia Civil, não é possível afirmar se o arrombamento da porta foi simulado ou se os criminosos utilizaram a senha de acesso. Essasuspeita tinha sido levanta pelo marido de Carlinhos Maia, Lucas Guimarães.
"A fechadura apresentava sinais de violação compatíveis com o material apreendido com um dos presos. Mas quem vai dizer o que houve com esse primeiro obstáculo é a perícia. Nós não podemos ainda descartar que eles tenham tido informações que facilitaram a ação. Acreditamos que se trata de um crime guiado, mas a investigação vai aprofundar isso", disse Thales Araújo.
Criminosos tinham alvo específico
O apartamento estava vazio no momento do furto. Carlinhos Maia estava em Aracaju para uma lipoaspiração e o marido, Lucas Guimarães, estava a trabalho em Cancún, no México. Para a Polícia Civil, os criminosos invadiram o imóvel sabendo o que queriam levar.
As investigações indicam que o crime foi encomendado e produtos específicos eram o alvo: o relógio mais caro - avaliado em R$ 1 milhão - e um colar de 36 diamantes - de R$ 1,5 milhão. Eles estavam no cofre com algumas outras joias, e os bandidos saíram com cofre e tudo. Outros seis relógios também valiosos foram deixados para trás.
De acordo com o delegado Lucimério Campos, as pessoas que cometeram o furto são especializadas nesse tipo de crime. Outro ponto investigado é de que os criminosos tiveram informações privilegiadas sobre as falhas do sistema de segurança do edifício onde os influenciadores moram.
As câmeras de segurança do edifício gravaram dois criminosos entrando no prédio de Carlinhos Maia pela garagem. Nas imagens é possível ver que os criminosos andam pelos cantos para chegar ao interior do prédio, usando máscara, luva e chapéu
Fonte: G1
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