Durante as investigações acerca do homicídio registrado na madrugada da última segunda-feira, 13 de fevereiro, nas imediações do bar “Mangueirão Prime”, uma equipe da Polícia Civil, coordenada pelo delegado Rômulo Andrade acabou apreendendo uma adolescente de 17 anos por uso de documento falso.
De acordo com as informações policiais, no decorrer das diligências, os policiais civis seguiram até o estabelecimento comercial nesta quarta, 15, para ouvir algumas pessoas sobre o caso do homicídio, cujo as investigações seguem bem avançadas inclusive com a autoria do crime basicamente estabelecida.
Ao chegar à “casa noturna”, os policiais solicitaram a documentação das pessoas a serem ouvidas, assim como a adolescente, que alegou não possuir RG e nem CPF e apresentou uma certidão de nascimento de uma mulher de Sergipe que há meses é dada como desaparecida.
“Quando ela apresentou o documento nós fizemos algumas perguntas e ela se contradisse. Na verdade, nem o nome que estava no RG ela decorou. Quando perguntada sobre sua cidade de nascimento, ela respondeu que era de Caruaru, em Sergipe. Foi então que percebemos que havia algo errado”, explicou o delegado Rômulo Andrade.
Ainda segundo as informações policiais, a adolescente foi encaminhada ao Centro Integrado de Segurança Pública e interrogada, momento em que revelou sua verdadeira identidade.
“Na verdade, ela tem apenas 17 anos e estava sendo procurada pela família desde o mês de dezembro, data em que saiu de casa e desapareceu. Nesse estabelecimento, ela trabalhava como garota de programa e, segundo ela mesma, já ‘trabalhou’ de forma semelhante em outro bar de Arapiraca”, complementou o delegado.
Diante disso, a administração do bar será intimida para prestar esclarecimentos na Delegacia de Penedo, devendo responder a um processo criminal pela prática de prostituição infantil. Além disso, ainda de acordo com a Polícia Civil, o bar não possui alvará de funcionamento. O Ministério Público, Conselho Tutelar e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) já foram acionados e acompanham todo o procedimento.
A adolescente foi autuada por ato infracional análogo ao crime de uso de documento falso e liberada após a chegada de seus familiares, para responder em liberdade. Caso a gerência do estabelecimento comercial deseje, o espaço está aberto para esclarecimentos já que não conseguimos manter contato.
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