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04/10/2022 13:43
Polícia

Ex-jogador do CRB é investigado por estupro e depõe em delegacia

A advogada também negou que ele tenha agredido a denunciante
Acompanhado da advogada, o jogador João Diogo, ex-CRB, ficou na sede policial por cerca de duas horas e não quis falar com a imprensa / Foto: Reprodução
Redação com G1

O jogador João Diogo Jennings, de 23 anos, do Botafogo Futebol Clube, de Ribeirão Preto, prestou depoimento no início tarde dessa segunda-feira (3), na 4ª DP (Praça da República), no Centro do Rio.

Ele é um dos três atletas investigados por estupro e importunação sexual contra uma mulher em um hotel no Santo Cristo, na madrugada de 26 de setembro. O atleta chegou a ser anunciado como reforço pelo CRB, em 2020.

Atacante, João Diogo chamou muita atenção na base do Figueirense e se profissionalizou em 2019. Não há registro de jogos dele pelo CRB durante a sua curta passagem.

Acompanhado dos advogados, ele ficou na sede policial nesta terça-feira por cerca de duas horas e não quis falar com a imprensa. “Nesse momento, ele não tem nada a declarar. Ele é inocente. Ele está aqui por livre e espontânea vontade para comprovar a inocência dele”, afirmou a advogada Graciele Queiroz.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima teria conhecido o jogador Alexis Lucas Delgado, momentos antes, numa boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O casal teria combinado de ir para um hotel, no Santo Cristo, onde fez sexo consensual.

Mas, por volta das 4h, outros dois jogadores, sendo um deles João Diogo, teriam entrado no quarto do casal e forçado a vítima a manter relações com eles. Com a recusa da mulher, os suspeitos a teriam agredido e ofendido.

“Ele não invadiu quarto algum, o quarto 818 era o quarto dele, ele não invadiu, ele estava entrando no quarto dele para dormir, depois de uma festa”, defende a advogada de João Diogo.

A advogada também negou que ele tenha agredido a denunciante.

O atleta foi o único dos suspeitos a ser ouvido até então. O outro jogador que teria entrado com João Diogo no quarto, Eduardo Hatamoto, vai ser ouvido na 4ª DP na terça-feira (4). A investigação segue em sigilo até a conclusão do inquérito.

Por outro lado, o jogador argentino Alexis Lucas Delgado, de 27 anos, também envolvido na acusação, teria voltado para a Argentina nos dias seguintes à denúncia.

Depois de jogar em Resende, no interior do estado, no domingo (25), os jogadores do Botafogo de Ribeirão – time da série C do Campeonato Brasileiro – vieram para o Rio comemorar a vitória em uma boate da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Foi onde a mulher conheceu um deles: o argentino Lucas Delgado e concordou em ir para o hotel onde ele estava hospedado, no Santo Cristo, Região Portuária. Ela disse que concordou em fazer sexo com o atleta, mas reclamou de Lucas Delgado não fazer uso de preservativos. "Consentido até uma parte. Ter relação com ele, não desse jeito, sem camisinha", disse a mulher.

Por volta das 4h de segunda-feira (26), segundo ela, outros dois jogadores entraram no quarto e a forçaram a fazer sexo com eles. Ela negou e aí teriam começado outras agressões.

Na quarta-feira (28), o atleta teve o contrato rescindido com o Botafogo-SP. Ele é sobrinho de Marcelo Delgado, ex-jogador do Boca Juniors, e ficaria no clube da Série C até novembro. A Polícia Federal afirmou que não pode comentar a suposta saída do país de Lucas Delgado.

Eduardo Hatamoto e João Diogo Jennings também tiveram seus contratos rescindidos pelo Botafogo/SP.

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