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09/03/2024 09:01
Polícia

Influencer suspeito de série de estupros fez 11 vítimas em uma semana no Ceará, diz polícia

Autoridades informaram ainda que não havia padrão entre as vítimas
Suspeito de estupros chegando de moto e bicicleta em locais onde crimes foram cometidos / Foto: Reprodução
Redação com G1

O influencer Thiago Ferrari, suspeito de uma série de estupros e outros crimes, teria feito onze vítimas em menos de uma semana, conforme a Polícia Civil do Ceará. Ele, que é de Minas Gerais, está preso desde o fim do último mês de fevereiro. Entre os dias 18 e 24 do mês passado, Thiago teria cometido crimes como estupro, tentativa de estupro e roubo contra mulheres em Fortaleza e Caucaia, na região metropolitana.

Thiago foi capturado na casa onde morava, no Centro de Fortaleza. Na ocasião, os agentes apreenderam veículos, roupas usadas durante os crimes, celulares e uma pistola falsa. O g1 tentou contato com a defesa do suspeito desde a data da prisão dele, em 26 de fevereiro, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. 

O g1 noticiou, nesta sexta-feira (8), que subiu para 17 o número de vítimas que denunciaram o influencer desde a prisão dele. No entanto, os crimes pelos quais ele é suspeito começaram a ser registrados há mais de uma década (veja abaixo).

O primeiro crime de Thiago no Ceará teria acontecido em 2010, quando ele estuprou uma menina de 12 anos no bairro Parreão, em Fortaleza;

Depois, foi preso em 2020, flagrado filmando mulheres no banheiro feminino de um centro comercial no Bairro Meireles, também em Fortaleza;

Em 2022, foi preso por importunação sexual após cometer atos obscenos contra uma mulher, além de filmá-la dentro do banheiro de um shopping no Bairro Parangaba, em Fortaleza;

No mesmo ano, foi preso por invadir e tentar estuprar uma criança de oito anos e a avó dela no município de Parambu, no interior do Ceará;

Em 2023, foi flagrado praticando importunação sexual, mais uma vez contra uma mulher em um shopping de Fortaleza; desta vez, no Bairro Edson Queiroz;

Já em fevereiro 2024, Thiago teria cometido uma série de crimes em apenas uma semana, em Fortaleza. No dia 18, foi suspeito de estuprar e roubar três mulheres no Bairro Itaoca; no dia 21, mais três vítimas nos bairros Parquelândia e Rodolfo Teófilo; no dia 23, mais cinco vítimas, entre estupro, tentativa de estupro e roubo, no bairro Barra do Ceará e no município de Caucaia

Falta de padrão entre vítimas

Rachel Moreira, delegada da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, disse que as vítimas não se encaixavam em apenas um perfil. Entre as vítimas estão desde mais jovens a mulheres mais idosas. Há relatos que vão de uma criança de oito anos a uma idosa de 60.

 

“O modus operandi dela era chegar, ameaçar as vítimas. As vítimas, na maioria das vezes, moravam em vilas ou condomínios. Ele adentrava, sempre fazendo uma pergunta, inventando uma história, pedindo informação; e entrava mediante ameaça de uma suposta arma de fogo. Ele ameaçava as vítimas e cometia os crimes”, explicou Moreira.

Thiago ameaçava as vítimas ainda alegando fazer parte de uma facção criminosa, e que estaria acompanhado de um cúmplice do lado de fora das casas das vítimas. No entanto, a delegada acredita que o homem apenas usava essas artimanhas para amedrontar as mulheres.

Ele é investigado por crimes de estupro (que motivou a prisão em flagrante), roubo dos celulares, registro não autorizado de cena íntima, e fazer transições bancárias. Em alguns casos, o suspeito obrigou vítimas a enviar Pix para ele.

 

“Ele foi preso em flagrante por um crime de importunação sexual em um shopping de Fortaleza. Ele tinha essa característica de ir para locais públicos, como shopping, restaurantes, e praticava crimes de importunação”, complementou a delegada.

A delegada disse que está em investigação outros crimes cometidos que, pelo modo como aconteceram, podem também terem sido feitos por ele.

Suspeito extorquia as vítimas

“Após a prática do estupro, ele exigia das vítimas poses sensuais para que ele tirasse fotos. Posteriormente, ele extorquia as próprias vítimas do estupro para que mandassem dinheiro”, disse Valdir Passos, delegado titular do 5º DP.

 

 

O delegado disse ainda que o influencer tentava despistar as investigações, pois ele trocava de veículos entre os crimes; ele usava carro, bicicleta e moto. Já com relação aos crimes, foram observados dois comportamentos.

“Ele agia de duas formas. Nós temos relatos de uma tentativa de estupro de vulnerável no interior do estado em que ele se aproveitou que a avó da criança saiu, entrou no imóvel e, usando um estilete, conseguiu tirar a roupa da criança”, comentou o delegado.

 

“Temos também relatos de vítimas de que, em ruas mais desertas, ele ficava tentando de porta em porta ver qual delas estava aberta, para verificar se tinha mulher e praticar os crimes que ele almejava”, complementou Passos.

 

 

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