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01/11/2023 15:29
Polícia

Jovem presa por levar bebê esperou 5 horas na maternidade até conseguir pegá-lo no quarto

Cauane vai responder por subtração de incapaz, com pena de até 6 anos
Mulher que invadiu maternidade com bolsa e sacola foi presa em casa, no Borel, com Ravi / Foto: Reprodução/TV Globo
Redação com G1

Cauane Malaquias da Costa, de 19 anos, presa pelo sequestro do menino Ravi Cunha, levado com 1 dia de vida da Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda na madrugada desta quarta-feira (1°), esperou por cerca de 5 horas na unidade de saúde até ter a oportunidade de pegar o bebê.

O delegado Mário Andrade, titular da 4ª DP (Praça da República), fala em “premeditação”. O g1 já tinha mostrado que Cauane dizia estar grávida e afirmou que o recém-nascido era dela até para os PMs que foram prendê-la. Ela vai responder por subtração de incapaz com colocação de lar substituto. A pena é de até 6 anos.

A polícia descobriu que Cauane esteve na maternidade nesta terça-feira (31) para ver uma amiga, Raiane, que tinha dado à luz. Ela chegou entre 10h30 e 11h à unidade. “Ela contou que realmente visitou a colega, mas ficou perambulando pelo corredor do hospital. Por volta das 15h, ela passou pela enfermaria, viu o Ravi [que tinha acabado de nascer] e se interessou por essa criança”, relatou Mário.

A jovem contou à polícia que se sentou em uma cadeira, ficou conversando com alguém e depois foi para casa, guardando o adesivo que ganhou ao se identificar para ver Raiane.

Por volta das 19h, ela saiu de casa com três bolsas. Colou o adesivo de mais cedo e entrou normalmente no hospital — antes, tinham cogitado uma invasão pela varanda.

Cauane, então, esperou 5 horas até encontrar a oportunidade de pegar Ravi.

 

“Por volta de 1h [o relógio da câmera de segurança marca 1h57], quando a mãe [de Ravi] e outra pessoa [a sogra] estavam dormindo, Cauane aproveitou, entrou e subtraiu a criança”, afirmou o delegado.

“Perguntada por qual motivo fez isso, ela se calou. Tenho para mim que seria para criá-lo como filho, uma vez que ela tinha um namorado e inventou para esse namorado que estava grávida. Para ele e para a família toda”, emendou.

A jovem admitiu que teve uma gravidez, apesar de a família não acreditar. Ela disse que tirou fotos não só da recepção como da enfermaria, dizendo para os familiares que estava se internando para ter a criança.

Ao chegar à 4ª DP (Praça da República), conduzida por PMs da UPP do Borel, Cauane foi confrontada pela avó paterna de Ravi, Patrícia Cunha Figueira: “Por que você fez isso conosco? Por quê? Que Jesus te perdoe! Ele te ama! Que Ele tenha misericórdia!”.

 

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