A Polícia Civil indiciou um médico do Hospital Geral do Estado (HGE) pela morte do idoso que sofreu queimaduras durante uma cirurgia no olho em Maceió. Em entrevista ao vivo no AL1 desta terça-feira (23), o delegado Waldor Coimbra Lou informou que o cirurgião vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Embora esteja confirmado o indiciamento do médico, o inquérito deve ser concluído e remetido à Justiça até o dia 2 de maio.
O interrogatório do médico durou uma hora e meia. Segundo o delegado, o médico não assumiu que houve imperícia e afirmou que o uso de éter, apontado como causador das queimaduras, era um procedimento padrão nas cirurgias.
O paciente, de 71 anos, deu entrada no HGE no dia 26 de março com um problema no olho decorrente de um câncer na cabeça. Por indicação médica, o idoso foi encaminhado para uma cirurgia. A vítima sofreu queimaduras durante o procedimento feito com bisturi elétrico.
O HGE informou que a queimadura foi provocada pelo uso de éter. Diretor do hospital, Fernando Melro explicou que o uso do elemento químico foi necessário para matar larvas, conhecidas como tapurus, que foram encontradas no olho do paciente.
O idoso chegou a ser encaminhado ao Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HGE, onde permaneceu internado por vários dias e faleceu no dia 10 de abril.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que afastou toda a equipe médica.
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