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Editorias
25/01/2023 07:00
Polícia

Moradora da Jatiúca em Maceió, diz que agiu por instinto ao agredir entregador

Confusão ocorreu, segundo as duas versões, por causa de um código de entrega
Taciana Moura diz que foi humilhada em episódio com entregador por aplicativo / Foto: TV Pajuçara
Gazetaweb

A moradora que se envolveu em uma confusão com o entregador por aplicativo José Rodrigues, no bairro da Jatiúca, nesta terça-feira (24) deu sua versão sobre o episódio e se defendeu das acusações de agressões físicas contra o funcionário de um estabelecimento comercial. Segundo o entregador, ela o agrediu no rosto com um celular e o chutou por várias vezes dentro do elevador. Em sua defesa, a mulher disse que agiu "instintivamente" para se defender. A confusão ocorreu, segundo as duas versões, por causa de um código de entrega.

Ele conta que a confusão começou porque a mulher se recusava a descer para buscar o pedido. Em seguida, a discussão se agravou porque a cliente, mesmo resolvendo descer para pegar a comida, negou a passar o código de entrega, solicitado pelo entregador. Taciana Moura nega que tenha se recusado a passar o número para o homem, e afirma que avisou para ele que o código seria passado, quando ela subisse no apartamento.

"A única coisa que eu questionei foi ele não ter subido e ele disse que não é era obrigação dele. E eu disse: 'Tá certo'. Peguei o pacote, virei as costas e ele disse: 'E o código?'. Eu disse: 'Vou confirmar logo quando estiver no meu apartamento'. Foi quando ele correu até a mim, eu me assustei, porque a pessoa vim correndo até você, ela vai fazer o quê? Ele tentou me agredir e, instintivamente eu me defendi", afirma, em entrevista à imprensa.

Taciana afirma que, após a situação de agressão, o homem chamou os companheiros de trabalho, que foram para frente do prédio protestar. De acordo com Taciana, ela foi agredida verbalmente e ameaçada.

"Na hora que que eu peguei o pedido, eu disse que ia confirmar o código assim que eu chegasse no meu apartamento. Foi quando ele veio até a mim, me puxou e, instintivamente, eu me defendi. Foi quando ocorreu o lamentável fato do nariz dele sangrar. Neste momento, ele ligou para os amigos deles, que são motoqueiros e entregadores, e eles vieram até a porta da minha residência e me esculhambaram de todas as maneiras. E eu não posso nem dizer aqui, porque são palavras muito duras. E gritaram meu nome, ameaçaram minha família, ameaçaram minha dignidade e a agressão psicológica foi publica e dolorosa", relata a mulher. Ela afirma que, depois disso, irá mudar de residência porque se sente ameaçada.

De acordo com a moradora, ela foi abusada psicologicamente e diz se sentir "humilhada". "Ele foi muito agressivo comigo e a situação tomou uma proporção que eu não pude chegar para ele e conversar calmamente, porque ele começou a me impedir de subir para meu apartamento e eu só dizia: 'Se afaste de mim'. Ele não chegou a me agredir, que fique claro, mas ele me empurrou muitas vezes e eu só queria subir para meu apartamento. Inclusive eu disse para ele que ele podia levar o lanche, desde que eu pudesse subir para o apartamento e ficar segura.

A moradora informou ainda que, por causa do episódio, irá mudar de endereço. Conta também que desativou as redes sociais. "Não pretendo processá-lo. O que vou atrás é de um distanciamento contra a violência verbal e não quero que ele se aproxime de mim. Lamento ter sido humilhada publicamente", afirma e complementa:

"Ele nunca foi vítima, ele foi agressor e a partir do momento que ele chamou pessoas para me humilhar de forma tão baixa, ele também foi um agressor verbal. Se tem alguém que é vítima nessa história sou eu", finaliza.

Os dois prestaram depoimento a polícia. O delegado Vinícius Ferrari disse que foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência, que ocorre em casos de crimes de pequeno potencial ofensivo. "Ambos foram autor e vítima. Eles se agrediram mutuamente", afirma o delegado.

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