Morreu na manhã desta segunda-feira (05), o empresário arapiraquense Marcelo Barbosa Leite, 31 anos. Marcelo, estava internado na UTI do Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo (SP), desde a última terça-feira (29).
Amigos e familiares se uniram em uma corrente em prol da recuperação de Marcelo, que teve uma piora no quadro de saúde nos últimos dias, chegando a passar por uma cirurgia na sexta (2).
Marcelo foi atingido por um tiro de fuzil, cujo projétil transfixou o porta-malas e os bancos do carro, acertando as costas dele. Ele perdeu um rim, o baço e parte do intestino.
Inicialmente, ele foi levado para o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, e logo depois para a Santa Casa de Misericórdia, em Maceió.
Depois de ter um choque séptico e outras complicações no dia 26 de novembro, Marcelo foi transferido para o hospital da cidade paulista.
Ainda não foram divulgadas as informações sobre o velório e o sepultamento do empresário.
O caso
O empresário Marcelo Barbosa Leite, de 31 anos, foi internado em estado grave na Unidade de Emergência do Agreste, após ser atingido nas costas, com um tiro de fuzil, durante uma abordagem do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) realizada nessa segunda-feira (14), em um trecho da AL-220, em Arapiraca.
Em Auto de Prisão encaminhado à 8ª Promotoria de Justiça de Arapiraca, os policiais envolvidos na ocorrência relataram que o empresário teria reagido à abordagem, mas a família contesta a versão.
Conforme o Auto de Prisão, Marcelo trafegava em seu veículo, na rodovia, quando ultrapassou uma viatura da Polícia Militar saltando um quebra-molas. Os policiais militares então iniciaram perseguição ao veículo, que empreendeu fuga.
Ainda segundo relato dos militares, durante a perseguição, o acusado sacou uma arma de fogo, apontando em direção a eles, que reagiram disparando contra Marcelo, atingindo-o. No veículo foi apreendido um revólver calibre 38 com numeração raspada.
O promotor de Justiça José Alves de Oliveira Neto entendeu pela regularidade do flagrante e se manifestou pela legalidade da prisão,” uma vez que restam atendidos todos os requisitos do flagrante”.
O promotor requereu à autoridade policial que sejam realizadas as diligências necessárias à realização de exame de alcoolemia do empresário e à realização de perícia na arma de fogo apreendida, inclusive com a verificação da presença ou não de impressões digitais no objeto.
Contestação
A versão da PM, no entanto, está sendo contestada pela família de Marcelo. O advogado criminalista Victor Oliveira, contratado pela família do empresário, disse que já requereu a balística forense para análise dos quatro disparos que atingiram o veículo, dois deles nos pneus e dois dentro do carro, sendo que um deles perfurou o banco e atingiu Marcelo nas costas.
“Segundo a família, os depoimentos dos condutores do veículo da PM não condizem com a realidade, porque a esposa e familiares de Marcelo alegam que ele não possui arma de fogo e uma arma de fogo com numeração raspada foi acostada no auto de prisão em flagrante.
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