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18/08/2022 15:55
Polícia

PF cumpre mandados contra fraudadores da previdência

A Superintendência da Polícia Federal confirmou operação também em Alagoas
A maioria dos benefícios suspeitos foi de auxílio-doença, com longos períodos de afastamentos / Foto: Reprodução
Redação

A Polícia Federal, em parceria com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista, deflagrou na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Trickster. O objetivo é investigar grupo criminoso acusado de fraudar a Previdência Social. Os policiais federais cumprem 22 mandados de busca e apreensão na Bahia, em Alagoas, Goiás e no Distrito Federal. A 10ª Vara Federal do DF expediu ainda um mandado de prisão preventiva contra um dos membros do bando.

A Superintendência da Polícia Federal em Alagoas não forneceu nenhum detalhe sobre a operação que está em andamento.

Segundo a investigação, entre os anos de 2018 e 2022, um médico perito federal, juntamente com o ex-sócio, inseriram indevidamente dezenas de dados e atestados médicos falsos nos sistemas informatizados do INSS, com o intuito de obter fraudulentamente benefícios previdenciários por incapacidade para si mesmos, familiares, sócios e outras pessoas próximas. Há ainda a suspeita de participação de um ex-estagiário da Agência do INSS de Taguatinga, no Distrito Federal.

A maioria dos benefícios suspeitos foi de auxílio-doença, com longos períodos de afastamentos. Ainda segundo a investigação, a maior parte das perícias foram antecipadas para que o médico federal investigado atendesse os beneficiários fora da agenda. Alguns investigados, inclusive, apresentavam atestados com a mesma comorbidade, em datas quase coincidentes.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de até R$ 1.143.686,86 das contas do médico perito federal, para ressarcimento do prejuízo gerado aos cofres públicos, além da suspensão da função pública, sequestro de bens, proibição de sair do país, pagamento de fiança no valor de R$150 mil ou uso de monitoramento eletrônico. Os pagamentos de todos os benefícios suspeitos também foram bloqueados judicialmente.

Os suspeitos podem responder por associação criminosa, falsidade documental, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, estelionato previdenciário, bem como corrupção ativa e passiva.

OPERAÇÃO EM AL

No final da manhã foi confirmado que apenas um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Maceió, onde foi apreendido um celular e alguns documentos.

Fonte: PF

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