Na última quarta-feira (30), a Polícia Civil prendeu o homem suspeito de ter matado a namorada, Anne Larissa Nepomuceno, morta estrangulada com um fio de telefone. O suspeito estava em uma ilha na Lagoa Mundaú e prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Maceió. Ele nega o crime.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Tacyane Ribeiro, o homem tem perfil possessivo e ciumento, comportamento identificado também por meio de depoimentos já colhidos pela polícia. O corpo de Anne Larissa foi encontrado no domingo, 13 de outubro, dentro de um cômodo na casa dela, no bairro do Feitosa, em Maceió. Ela faltou ao trabalho na noite de sábado, 12 de outubro, e não manteve contato. A patroa estranhou a falta de comunicação e acionou a Polícia Militar.
O assistente de acusação e advogado criminalista, Ronald Pinheiro Rodrigues, afirmou que a família da vítima está totalmente chocada e devastada com a perda trágica. “Foi uma vida ceifada antes do tempo e, por isso, iremos trabalhar incansavelmente para que o autor do crime seja punido”, afirma.
Além disso, o assistente de acusação pontuou as próximas fases do processo e que a expectativa é pela condenação do preso. “Ainda estamos na fase de inquérito policial, mas já estamos preparando nossa estratégia para quando a denúncia for apresentada. O objetivo é pedir a pena máxima, pois um crime tão hediondo não pode ficar impune. Não iremos sossegar até que o responsável pelo crime seja condenado e a justiça seja feita”, ressalta.
Segundo a delegada, o suspeito e a vítima discutiram dias antes do crime por ciúmes da parte dele. A delegada ainda afirmou que o namorado da vítima sempre foi o principal suspeito do crime, mas que não se apresentou à polícia.
O pai da vítima, Vilton Nepomuceno, afirma que toda a família se encontra consternada desde o fatídico dia 12 de outubro de 2024, quando Anne Larissa perdeu sua vida. “Minha filha foi vítima de um crime bárbaro denominado femincídio, onde o assassino a estrangulou com as próprias mãos. Não convencido do seu desmonte, ainda se utilizou de um pedaço de fio de telefone e criou uma falsa cena do crime, supondo ele que a polícia não chegaria. Diante dos fatos e de todas as lágrimas derramadas, a família suplica que este crime não fique impune, que a Justiça ofereça pena máxima a este assassino e que ele nunca toque em um fio de cabelo de qualquer mulher que seja”, reiterou.
Por fim, o advogado, Ronald Pinheiro, acrescentou que irá trabalhar em estreita colaboração com o Ministério Público para assegurar a aplicação da lei. “Vamos fazer tudo o que for necessário, dentro da legalidade e pela via judicial, para que a família obtenha justiça”, declarou.
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