Uma menor de idade foi vítima de estupro e acusou um mecânico pelo crime, porém, a acusação não passou de uma criação dela, que mudou a versão dos fatos e disse à polícia que o verdadeiro autor foi um rapaz que conheceu nas redes sociais. O fato foi registrado nessa quinta-feira (22), no município de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas.
A Polícia Militar (PM) foi acionada após uma denúncia de estupro a uma adolescente, feita por um professor da escola onde a menor estuda. Segundo ele, a vítima foi convidada para ir a uma festa da escola com uma amiga, mas, antes, a amiga pediu para que ela passasse em sua casa, situada na Vila São Sebastião, no bairro Juca Sampaio.
Ao chegar ao local, deparou-se com um homem de estatura média, branco, barbado e com faixa etária de 25 a 30 anos de idade, que a convidou para entrar usando o pretexto de que sua amiga estaria se arrumando dentro da residência.
Ela disse que observou que o homem estaria sozinho na casa e que, forçosamente, tirou sua roupa e manteve relações sexuais sem seu consentimento, utilizando uma faca. O autor, segundo ela, teria feito ameaça de morte caso ela contasse para alguém; entretanto, ela contou para a amiga e esta relatou o fato ao professor que fez a denúncia à polícia.
Ainda de acordo com a polícia, a equipe foi até a casa onde ocorreu o suposto estupro e identificou o homem apontado como autor do fato. Ele não estava na residência, mas a PM conseguiu localizá-lo após várias buscas, em uma oficina onde ele trabalha como mecânico de motos.
À guarnição, ele relatou que estava na casa da mãe e que não se encontrava no local informado pela vítima. Diante das informações, a polícia verificou que a região é monitorada por câmeras do sistema de monitoramento do município, sendo constatado que o suposto autor não estava realmente no local do crime informado pela jovem.
Em meio às contradições, o homem abordado foi conduzido para a Central de Polícia de Arapiraca, onde já se encontrava a vítima com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatando que ela, de fato, foi vítima de violência sexual.
Contudo, ao fazer o reconhecimento presencial do suposto autor, a menor não o reconheceu e mudou sua versão relatando ao delegado que não teria sido abusada no local informado, e sim, em uma praça pública próximo a um supermercado, por um jovem que ela havia conhecido pelas redes sociais por alcunha de "Cena".
Ou seja, na Polícia Civil, ela mudou a versão dos fatos informando não saber onde o verdadeiro autor do crime reside nem seu nome. Com essa nova informação, foi confeccionado o Boletim de Ocorrência (BO) para o início das investigações. Já o mecânico, que não tinha nada a ver com a história, foi liberado.
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