Prender o acusado de matar Mônica Cristina Gomes Cavalcante, em 18 de junho deste ano, após uma festa de São João na cidade de São José da Tapera, é prioridade da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL). A afirmação foi dada pelo delegado-geral da PC, Gustavo Xavier, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (8), no Palácio República dos Palmares.
Durante a apresentação dos números da violência no estado, no mês de julho, o delegado-geral foi questionado sobre o motivo de o acusado de matar a ex-esposa com um tiro no peito ainda não ter sido preso, há quase dois meses do feminicídio.
Segundo Xavier, a comissão de delegados designada para investigar o caso tem realizado diversos mandados com o intuito de prender Leandro Pinheiro Barros.
“Houve a conclusão do inquérito policial, que foi remetido ao Ministério Público (MP). Temos uma comissão de delegados e uma equipe diariamente utilizando ferramentas tecnológicas no intuito de prender o acusado. É questão de tempo, os esforços estão sendo massificados com a intenção de prender esse feminicida, tendo em vista que é determinação do Governo do Estado atuarmos para reduzir efetivamente a violência doméstica cometida em Alagoas”, disse Xavier.
Conforme o delegado, a informação sobre boatos de que a família da vítima estaria sendo ameaçada por familiares do acusado não procede.
“Nem a família do autor do crime tem contato com esse indivíduo. Nós cumprimos diversos mandados de busca e apreensão, o pai do autor seria um servidor público da área policial do estado de Sergipe. Nós apreendemos armas de fogo até que ele apresentasse a documentação necessária, ele apresentou. Mantivemos contato com a família, mas o autor não foi localizado. Prender o acusado é prioridade da Polícia Civil”, finalizou.
O caso
Mônica Carvalho foi morta pelo marido por causa de ciúmes. O feminicídio ocorreu na madrugada de domingo (18/6), em São José da Tapera (AL). A mulher gravou um vídeo antes de ser assassinada à porta do fórum da cidade. O suspeito é o esposo dela, identificado como Leandro Pinheiro Barros. Ele está foragido desde o assassinato.
Leandro teria discutido com Mônica, em uma festa horas antes do crime, por causa do ciúmes. Ele teria saído da festa. Em seguida, a mulher saiu do local e seguiu para a casa dela. No caminho, Mônica gravou um vídeo afirmando que, se algo acontecesse com ela, o marido seria o principal culpado.
No vídeo, ela chorava, afirmando que tinha um relacionamento abusivo com o homem, sofrendo agressões físicas e psicológicas.
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