O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o alvo recordista enquanto chefe do Executivo em pedidos de impeachment desde o governo de Fernando Collor (PTB). De 2019 a 2022, foram protocolados 158 requerimentos na Câmara dos Deputados. O número representa 43% do total de pedidos contra ex-chefes do Executivo desde a redemocratização.
Mesmo Dilma Rousseff (PT) e Collor, 2 ex-presidentes que perderam seus mandatos em processos de impeachment, foram alvos de menos pedidos que Bolsonaro. A petista teve 68 requerimentos contra si, enquanto o petebista foi alvo de 29.
Pedidos de impeachment só passam a tramitar com a autorização do presidente da Câmara. Depois, são analisados em comissão especial. O relatório do colegiado vai a plenário e, se aprovado, segue para o Senado.
Nos últimos anos, a apresentação de pedidos de impeachment tem sido usada como uma ferramenta recorrente da oposição contra o governo em exercício. O objetivo, mais do que de fato fazer o pedido avançar no Legislativo, é desgastar a imagem do Executivo. Na prática, os requerimentos fazem volume em estatísticas, mas têm impacto limitado.
INÍCIO DE MANDATO: LULA 3 COM MAIS
Desde o início do 3º governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o petista já foi alvo de 10 requerimentos de impeachment até junho. O número é maior do que o de Bolsonaro no início do mandato. No mesmo período de 2019, o ex-presidente havia sido alvo de só 3 pedidos.
A quantidade de requerimentos contra Bolsonaro no 1º semestre de 2019 é igual ao do 2º mandato de Lula. No 1º, não foram apresentados pedidos contra o petista.
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