Deputados federais de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irão protocolar um pedido de impeachment contra o petista por conta de declarações recentes onde o chefe do Executivo comparou os ataques de Israel contra civis na Faixa de Gaza ao holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o presidente, neste domingo (18/2).
Grande parte dos signatários ao pedido de afastamento de Lula são do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A lista também conta com políticos do Republicanos, Progressistas e União Brasil.
A ideia para abertura do pedido de impeachment é da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela defende que não se pode comparar o que está acontecendo em Gaza com a morte de milhões de judeus ao longo da Segunda Guerra Mundial.
“O povo de Israel precisa ser respeitado e o holocausto não pode ser banalizado desta forma. Lula, tenha respeito pelas mais de 6 milhões de pessoas assassinadas”, escreveu a parlamentar na rede social X, antigo Twitter.
O deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro e signatário do pedido de impeachment, rechaçou as declarações do presidente Lula sobre as ações de Israel contra a Faixa de Gaza.
“Com a declaração de hoje, e tantas outras no passado recente, Lula está fechando as portas do Brasil para uma potência militar e tecnológica que poderia beneficiar muito o nosso país através de parcerias e intercâmbios”, afirmou o político.
Processo de impeachment
O impeachment é um processo conduzido pelo Congresso Nacional em que julga se uma pessoa com cargo público cometeu crime de responsabilidade.
Para ter andamento no Legislativo, o pedido de afastamento precisa ser aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, neste caso, Arthur Lira (PP-AL).
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