O Partido Novo repudiou neste sábado (15) o anúncio de João Amoêdo de que vai votar no candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial. Amoêdo, um dos fundadores da legenda, anunciou o apoio em entrevista a um jornal de São Paulo.
"Os fatos, a história recente e o resultado do 1º turno, que fortaleceram a base de apoio de Bolsonaro, me levam à conclusão de que o atual presidente apresenta um risco substancialmente maior", disse o político e empresário. Em resposta, o Novo alegou que a declaração "é lamentável e incoerente". O Novo alegou ainda que a posição não representa a escolha do partido e que o posicionamento "vai contra tudo o que sempre defendemos."
João Amoêdo foi candidato a presidente pelo Novo em 2018 e terminou as eleições na quinta colocação, com 2,5% dos votos válidos. O sucesso do empresário nas urnas, que nunca havia disputado eleições e acabou à frente de nomes como Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (à época no MDB), surpreendeu o mundo político na ocasião.
Em abril, o empresário foi um dos signatários do "manifesto dos presidenciáveis", uma carta em defesa da democracia que também contou com as assinaturas do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), do então governador de São Paulo, João Doria (PSDB), do então governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
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