Atualizada às 13h39
Cerca de 300 profissionais da área de Educação municipal da cidade de Campo Grande, no Agreste de Alagoas, estão sem receber dois meses de salários, e por conta desta situação vexatória eles realizaram na manhã desta sexta-feira (02), no Ginásio da Escola Evânio Higino, em Campo Grande, uma assembleia para cobrar dos gestores do município uma solução para o gigante problema.
Desde que o prefeito Arnaldo Higino foi reeleito, mas teve sua candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e perdeu o cargo, que a cidade está um verdadeiro caos em todos os sentidos, onde os salários da maioria dos servidores de diversas pastas estão em atraso há alguns meses e sem previsão para recebimento, o que prejudica o comércio local, que sobrevive praticamente do dinheiro dos funcionários públicos.
Com a situação política indefinida e com esses problemas, quem está no comando do município interinamente é a vereadora Josefa Barbosa (Republicanos), eleita presidente da Câmara Municipal de Campo Grande. O detalhe é que mesmo afastado do cargo de prefeito, após perder o posto devido a irregularidades, Arnado Higino, pasmem, é o atual secretário de Administração do município de sua cidade.
O repórter Clevânio Henrique da Rádio, 96 FM de Arapiraca, e a Jornalista Lais Pita, do Portal Diário Arapiraca, estiveram in loco conferindo a assembleia e com isso conversaram com alguns dos servidores que, por medo de retaliação, pediram para não serem identificados.
“É um absurdo o que estão fazendo com os funcionários e com a cidade, existem funcionários que ninguém sabe como foram contratados, ainda tem os comissionados que estão recebendo e que estão com os salários em dia, nós efetivos a última vez que vimos o dinheiro na conta foi no mês de abril e de lá para cá nada mais e só promessa, sou mãe e sou a única que põe comida na mesa e tenho conta para pagar, estamos passando necessidade e ninguém faz nada pela nossa categoria”, disse uma professora.
Já outro professor, que também preferiu não se identificar, disse que mesmo nesta pandemia e sem receber os vencimentos e com muita dificuldade até mesmo de pagar o plano de internet, não deixou de dar aulas on-line em respeito aos alunos.
“Faço de tudo pelos meus alunos, deixo de comprar comida para pagar o plano de internet para que eles não fiquem sem aula, e eles não tem culpa disso que está acontecendo, e os gestores ou a vereadora que assumiu o município momentaneamente não resolvem o problema, porque os contratados e os comissionados recebem e os efetivos que tem mais direito não recebem? Alguma coisa tem de errado, não é?!”, frisou o professor com laágrimas nos olhos.
A equipe de reportagem procurou a vereadora Josefa Barbosa (Republicanos), que exerce o mandato de prefeita tampão no município de Campo Grande em Alagoas, a mesma não foi encontrada ou não atendeu as ligações da reportagem para falar sobre o assunto dos salários dos servidores concursados da educação, alem do rateio dos 60% dos precatórios.
Quem teve contato com a vereadora e prefeita interina foi o presidente do sindicato municipal de Educação, o Ivan Ponciano, que ninguém sabe porque se recusou a falar com a imprensa.
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