Mais 16 cidades alagoanas atingidas pelas chuvas neste fim de semana estão em situação de emergência. Com a publicação do Decreto do Governo do Estado no Diário Oficial desse sábado (2), sobe para 51 o número de municípios que poderão adotar medidas imediatas para combater os problemas decorrentes do grande volume de água que caiu, principalmente, nas regiões do Vale do Paraíba, Vale do Mundaú e Região Norte.
Outros 35 municípios já estavam com a situação de emergência decretada desde o início de junho, em decorrência das chuvas que atingiram as regiões Sul e Agreste do Estado.
Durante coletiva de imprensa, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, informou que novas cidades ainda podem ser incluídas no decreto. O levantamento inicial, feito com dados da Defesa Civil e da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), mostra que 29 municípios foram os mais afetados pela precipitação dos últimos dias.
Ainda na coletiva, Paulo Dantas relatou que, desde a noite da sexta-feira (1º), mais de 300 servidores do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e demais órgãos trabalham no socorro e assistência às vítimas. Além disso, três helicópteros e 10 botes estão à disposição para o trabalho de assistência a desabrigados e desalojados.
Foi reconhecida a situação de emergência em Atalaia, Branquinha, Cacimbinhas, Cajueiro, Capela, Limoeiro de Anadia, Pão de Açúcar, Murici, Paulo Jacinto, São José da Laje, São Miguel dos Milagres, Santana do Mundaú, Satuba, Taquarana, União dos Palmares e Viçosa.
Além delas, permanecem em emergência Barra de São Miguel, Barra de Santo Antônio, Belém, Coité do Noia, Coqueiro Seco, Craíbas, Coruripe, Feliz Deserto, Girau do Ponciano, Jacuípe, Jequiá da Praia, Jundiá, Igreja Nova, Maceió, Maragogi, Marechal Deodoro, Major Izidoro, Matriz de Camaragibe, Palmeira dos Índios, Paripueira, Piaçabuçu, Pilar, Penedo, Porto Calvo, Porto Real do Colégio, Quebrangulo, Rio Largo, Roteiro, Santa Luzia do Norte, São Brás, São Miguel dos Campos, São Luís do Quitunde, Tanque D'Arca, Traipu e Teotônio Vilela.
Abastecimento de água
As chuvas levaram muita lama e sujeira e sedimentos para os mananciais, comprometendo o funcionamento das estações de captação, elevatórias e de tratamento. Assim, em razão da segurança operacional, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) precisou desativar emergencialmente alguns sistemas de abastecimento.
Foi suspenso ou tem restrição o abastecimento em Arapiraca, Palmeira dos Índios, Capela, Quebrangulo, Colônia Leopoldina, Passo de Camaragibe, Novo Lino e Ibateguara.
A Casal pede que a população dessas cidades economize água e, em caso de dúvidas, ligue para o Call Center 0800 082 0195.
Sala de Alerta
O coordenador da Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Vinícius Pinho, disse que a previsão é que haja uma redução significativa do nível de chuvas em Alagoas, mas a grande preocupação é com as chuvas no estado de Pernambuco, que podem impactar os rios em Alagoas.
"Nos últimos 60 dias tivemos um volume de chuvas de 1.000mm, o que corresponde ao esperado para o ano inteiro. Só nesses últimos dois dias choveu 75% do que estava previsto para todo o mês de julho", disse Pinho.
Vinícius acrescentou que o volume de chuvas deste ano foi bem mais intenso do que o verificado em 2010. "Ainda não fizemos um estudo sobre isso, mas 10 medidores pluviométricos que instalamos nas bacias do rios registraram volume acima dos de 2010. E, pelo menos, quatro foram encobertos pelas águas", explicou Vinícius.
O município de União dos Palmares foi um dos mais atingidos. O Hospital Regional da Mata foi afetado pela queda de energia causada pelas chuvas.
Arrecadação de Donativos
A Defesa Civil Estadual já está recebendo donativos, roupas, agasalhos e alimentos para os desabrigados e desalojados. Os donativos podem ser entregues no quartel do Corpo de Bombeiros, no Trapiche da Barra.
Fonte: Gazetaweb
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