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10/11/2020 10:14
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Por que não é permitido sobrevoar Disney, Palácio do Planalto e Área 51?

Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), esses locais são denominados Espaços Aéreos Condicionados e "são estabelecidos em caráter permanente ou temporário"
Congresso é um dos locais com sobrevoo limitado em Brasília / Foto: Ricardo Moraes

 No mundo todo, diversos locais têm restrições para serem sobrevoados: áreas de segurança e proteção nacional, pontos turísticos e locais de relevância política ou religiosa.

Imagine o risco que seria sobrevoar uma área de lançamento de foguetes ou de treinamento de tiro militar, por exemplo. Ou os perigos de sobrevoar reservas ambientais e causar impactos na fauna e na flora. Por isso, as autoridades aeronáuticas de cada país trabalham com uma lista de locais onde os sobrevoos são proibidos.

Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), esses locais são denominados Espaços Aéreos Condicionados e "são estabelecidos em caráter permanente ou temporário". Eles podem ser classificados em "Área Perigosa", "Área Restrita" e "Área Proibida".

Veja abaixo uma lista de locais onde os espaços aéreos têm restrições de voo:

Brasil: Barreira do Inferno, Palácio do Planalto, Hidrelétrica de Itaipu

No Brasil, um dos principais locais onde o sobrevoo é proibido é a sede dos Poderes federais, em Brasília. A área da Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal não pode ser sobrevoada a uma altura inferior a 1.341 metros, aproximadamente. Já os palácios da Alvorada e do Jaburu, residências do presidente e do vice, respectivamente, só podem ser sobrevoados a, pelo menos, 2.400 metros.

 

Instalações nucleares no Brasil também são protegidas. No Rio de Janeiro, as usinas nucleares de Angra dos Reis não podem ser sobrevoadas a uma altura inferior a 600 metros de altura, e o Centro Tecnológico de Aramar (ligado à Marinha), localizado no interior de São Paulo, tem restrição de voos em altura inferior a 914 metros acima do solo.

Os motivos dessas restrições vão desde segurança nacional à proteção da tecnologia desenvolvida nesses locais. A necessidade de maior altitude também tem a ver com o risco de quedas: caso haja alguma pane na aeronave, ela tem como desviar sua rota para fora dessas localidades, diminuindo os riscos de acidentes mais graves.

Ainda no interior de São Paulo, há uma área no município de Gavião Peixoto, onde fica localizada uma das fábricas da Embraer. Segundo a FAB, essa é a área "na qual são desenvolvidas aeronaves de defesa, com caráter sigiloso e de segurança nacional", por isso a restrição de voos a menos de 1.676 metros de altitude.

No Brasil, também não é permitido sobrevoar a baixas altitudes a hidrelétrica de Itaipu (no Paraná), a Casa da Moeda (no Rio de Janeiro) e, até em altitudes mais elevadas, os Centros de Lançamento da Barreira do Inferno (no Rio Grande do Norte) e de Alcântara (no Maranhão), bases da FAB para o lançamento de foguetes e treinamento militar.

EUA: Disney, Casa Branca, Área 51, Rancho Bush

Diversos locais famosos dos EUA são proibidos de serem sobrevoados. A segurança aérea no país já era severa e foi reforçada após os atentados de 11 de setembro de 2001.

 

O espaço aéreo controlado mais evidente, talvez, seja o da Casa Branca e os seus arredores, como o Memorial Lincoln e o Capitólio. Nessa região, apenas é possível voar para prestar apoio ao Serviço Secreto, agência que faz a segurança do presidente dos EUA, ou outras agências nacionais que atuem na área. Essa restrição já existe há, pelo menos, 50 anos.

Alguns dos locais mais curiosos onde é proibido voar a baixas altitudes são os parques da Disney nos estados da Califórnia e da Flórida. Além dos voos por questões de segurança, no espaço aéreo dessas regiões só é possível voar com autorização especial comprovando que terá de operar no local.

A Área 51, base da Força Aérea americana para testes para aeronaves avançadas, também não pode ser sobrevoada, nem mesmo a muitos quilômetros de altitude. O Rancho Bush, atual residência do ex-presidente George W. Bush, também tem o espaço aéreo controlado por questões de segurança.

Reino Unido: Palácio de Buckingham, Parlamento inglês, Big Ben

Toda a região central de Londres tem seu espaço aéreo restrito, podendo apenas ser acessada mediante autorização escrita do governo daquela nação. Quando autorizados, os helicópteros só poderão voar a uma altitude suficiente para que, em caso de pane, consigam pousar fora do centro da cidade.

 

Essa restrição limita voos sobre o Palácio de Buckingham (residência oficial da rainha), o Parlamento inglês, o Big Ben, entre outros pontos políticos e turísticos. As proibições de voos também se estendem a outras propriedades da realeza britânica no Reino Unido, como a Sandringham House e a Anmer Hall, residências da rainha Elizabeth 2ª fora de Londres, e a Highgrove House, casa de campo do príncipe Charles, filho da monarca.

Peru: Machu Picchu

O sítio arqueológico de Machu Picchu, no Peru, não permite a operação com diversos tipos de aeronave. No local, considerado sagrado pelos incas, não é permitido o uso de drones, parapentes ou outros tipos de aviões menores.

 

Israel: Monte do Templo

O Monte do Templo, localizado em Israel, não pode ter sobrevoos a menos de 2.438 metros de altura por questões religiosas e de segurança. Sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, o local fica em Jerusalém e também é conhecido como Esplanada das Mesquitas.

 

Grécia: Partenon de Atenas

O Partenon, localizado na Acrópole de Atenas (Grécia), é considerado um Patrimônio Mundial pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). Ali, só são permitidos voos a, pelo menos, 1,5 km de altura. Se forem aviões a jato, apenas acima de 3 km de altura.

 

Isso evita que a poluição causada pela queima dos combustíveis das aeronaves cause danos ao mármore branco da construção, e evita que, em caso de falha de motores, ocorra uma queda no sítio arqueológico.

Espanha: Casa do Messi?

No ano de 2018, começaram a circular boatos de que o jogador de futebol Lionel Messi estaria impedindo a ampliação do aeroporto El Prat, em Barcelona (Espanha). Tudo porque o futebolista seria privilegiado por morar em uma casa onde os voos não poderiam passar por cima, e isso atrapalharia a expansão do local.

A afirmação tinha sido feita à época pelo então presidente da companhia aérea Vueling, Javier Sánchez-Prieto. Mas tudo não teria passado de uma grande confusão da empresa, pois o craque nunca morou na região.

O que acontece é que o aeroporto fica próximo a uma reserva ambiental, e, como a região é litorânea, a solução encontrada foi fazer com que todos os aviões que saem do El Prat façam uma curva logo após a decolagem em direção ao mar, afastando-se do continente. Isso diminui o impacto na fauna local e o ruído sobre as casas, mas nunca teve nada a ver com Messi.

E se alguém desobedecer?

Segundo a Aeronáutica, quem ingressar em um espaço aéreo controlado sem a devida autorização estará sujeito às penalidades impostas pela JJAER (Junta de Julgamento da Aeronáutica). Em alguns países, também há a possibilidade de interceptação da aeronave que desobedeça a essas regras.

Fonte: UOL

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