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18/08/2020 10:45
Educação

Cerca de 11 mil alunos da Ufal poderão receber pacote de internet do MEC

Informações serão repassadas ao Ministério da Educação após aprovação pelo Conselho Universitário
/ Foto: Ilustração
Assessoria UFAL

 Do universo de 24 mil alunos da graduação, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) poderá receber chips para atender 11.284 discentes que estão em vulnerabilidade social. Eles serão beneficiados com pacote de dados móveis ofertado pelo Ministério da Educação (MEC) para acesso a aulas em formato remoto durante o período de isolamento social, adotado para evitar a disseminação do novo coronavírus. Na Ufal, a gestão de todo o sistema de conectividade para estudantes em vulnerabilidade social, com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, será da Pró-reitoria Estudantil (Proest).

Segundo as exigências do MEC, a condição de adesão é a oferta de atividades de aprendizado remoto. “A participação da Ufal nesse programa do MEC está condicionada à oferta de atividades no calendário especial. Em relação a esse calendário, a Comissão Especial Retorno Não-Presencial, instituída pelo Consuni, já entregou uma minuta com a proposta para as atividades remotas. Antes de qualquer decisão, ouviremos toda a comunidade universitária”, afirmou o reitor Josealdo Tonholo.

A proposta apresentada pela Comissão Especial será discutida em reunião da Câmara Acadêmica do Consuni, no próximo dia 24 de agosto, e, só após essa discussão, é que a minuta será encaminhada para aprovação no Consuni. Se aprovada, a Ufal comunicará ao MEC a adesão ao sistema de conectividade dos alunos em vulnerabilidade social.

Atividades remotas

Em nota divulgada na segunda (17), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), anunciou que já foi concluída a licitação das empresas que vão ofertar banda larga nos 797 municípios que têm campi de universidades e institutos federais. “Essa solução permite atender às atividades remotas educacionais do segundo semestre para os alunos que não possuem renda suficiente para contratar acesso de banda larga em seus domicílios, atribuindo pacotes de dados móveis (4G) para acesso aos conteúdos educacionais e às atividades de aprendizagem”, apontou o documento.

No caso da Ufal, quem vai atender à demanda é a operadora Claro e a Oi fará a cobertura complementar. De acordo com Reinaldo Cabral, diretor do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), já foi desenvolvido um sistema próprio para os alunos fazerem adesão. “Após a Ufal lançar edital e realizar todos os trâmites internos, os alunos passam para próxima etapa que é a adesão ao sistema que desenvolvemos no NTI, que trata da gestão do pacote de dados da Ufal. Esse sistema se integra ao sistema da RNP, que também ajudamos ativamente no desenvolvimento, com testagem, requisitos, sugerindo correções e validando o sistema como um todo”, revelou.

A partir do sistema desenvolvido pelo NTI, a Proest vai fazer a distribuição do pacote de dados para os alunos, que também terão acesso ao consumo dos seus dados móveis ao longo do mês. “Os pacotes variam de 5 Giga a 40 Giga, mas ainda não sabemos quanto chegará para Ufal. E quando chegar, caberá a Ufal definir quais os critérios de distribuição desses pacotes”, falou Cabral.

O pró-reitor Estudantil, Alexandre Lima, informou que a Proest lançará edital, fará a seleção dos estudantes e enviará ao MEC as informações gerais sobre os contemplados. “Com o edital, queremos garantir as informações básicas exigidas pelo MEC. Após essa etapa de envio, haverá uma ação conjunta de vários setores da Universidade para distribuição dos chips enviados pelo MEC para os 11 mil 284 estudantes que estão aptos pelo critério de renda per capita de meio salário mínimo”, revelou.

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