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15/06/2020 08:15
Educação

Conferência debate planejamento conjunto para a volta às aulas em Alagoas

Secretária de Educação frisa que retorno às atividades presenciais só acontecerá quando houver segurança
Promovido pela Undime-AL, momento reuniu agentes da educação alagoana e do Ceará / Foto: Reprodução
Redação com Agência Alagoas

A reorganização do calendário escolar em Alagoas, após a pandemia, foi tema de uma web conferência organizada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Alagoas (Undime-AL), na tarde de sexta-feira (12). Na ocasião, destacou-se a importância do diálogo, união, e planejamento na decisão da volta às aulas presenciais da rede pública. O retorno, porém, ainda não tem data prevista para acontecer.

Entre os assuntos, foram discutidas, ainda, as orientações dadas pelas instituições sanitárias que devem ser observadas durante o planejamento do retorno das aulas, a reorganização do calendário escolar e da carga horária das disciplinas e os métodos que serão tomados para garantir a segurança dentro e no trajeto até o ambiente escolar.

Participaram da discussão o presidente da Undime-AL, Rubens Araújo; a secretária de Estado da Educação de Alagoas, Laura Souza; a vice coordenadora nacional da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e coordenadora da UNCME-AL, Marly Vidinha; o deputado estadual e presidente da Comissão de Educação da ALE, Marcelo Beltrão; o presidente do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, Mário César Jucá; e a presidente da Undime-CE, Luiza Aurélia.

A web conferência foi mediada pelo professor Neilton Nunes, técnico na Undime-AL e pode ser acessada clicando aqui.

Volta com segurança

Entre as medidas para o retorno na rede estadual de ensino, que ainda não tem data prevista devido aos altos índices de contaminação pelo novo coronavírus, está a criação de comitês operacionais com presença de órgãos de controle, de regulamentação e secretarias como saúde e assistência social.

Outra medida é a criação de um Núcleo de Saúde Mental e Acolhimento, que atenderá a comunidade escolar no retorno às aulas, visando minimizar os impactos causados pelas perdas de vidas e situação de estresse pós-traumático, durante o isolamento social por conta da pandemia.

“Nesse momento, numa situação nova e com os desafios e responsabilidades, é preciso olhar para o lado humano. A Seduc já vem realizando esse trabalho de retorno, todos fomos pegos de surpresa com a interrupção das aulas e nosso objetivo é não perder o vínculo com os alunos e manter aprendizagem com ensino remoto. Junto à Undime e ao Conselho Estadual de Educação vamos pôr a mão na massa para avançar a discussão”, explica a secretária Laura Souza.

A secretária frisou que o retorno às atividades presenciais só acontecerá quando houver segurança e que levará em conta a realidade de cada escola e região.

“A decisão de voltar será quando a rede puder ter segurança nas escolas. É preciso ter calma e a volta precisa ser planejada. Para decidir quem volta primeiro, é preciso discutir coletivamente, um trabalho regionalizado e escalonado, cada caso é um caso. Teremos um protocolo que será validado pelas autoridades de saúde, onde consideraremos vários aspectos e a escolas só reabrirão se sentirem que têm condições de cumprir este protocolo”, destaca.

Laura lembrou ainda que será necessário elaborar um plano de contingência também com orientações sobre o que fazer numa possível segunda onda de suspensão. E que a Seduc também investirá na formação de professores para esta nova realidade de ensino híbrido, que deverá se consolidar após o fim da pandemia.

Novo cenário

Mário César Jucá, Marcelo Beltrão e Carlos Rubens Araújo também ressaltam a importância da união de esforços e de um planejamento coletivo para a volta às aulas presenciais.

“Estamos acompanhando de perto e olhando as possibilidades de retorno. Não há uma solução para o nosso país de uma saída que seja uniforme, é um processo que deve ser estudado, observado. Estamos acompanhando também a situação das escolas particulares, em especial de Educação Infantil. Precisamos construir uma resolução que atenda aos anseios da sociedade alagoana”, avaliou Jucá.

“É preciso planejamento e mais momentos de diálogo para discutir essas dificuldades, que não serão poucas, e prever os cenários de retomada. Estado e Municípios deverão estar sincronizados e precisamos criar esses cenários. Essa retomada não é só responsabilidade da Secretária de Estado da Educação, demanda a participação de mais atores que proporcionarão segurança desde a ida do aluno para escola, sua estádia em sala de aula e retorno para casa”, propõe Marcelo Beltrão.

Para Carlos Rubens, a educação não será a mesma quando as aulas presenciais retornarem. “Por isso, é preciso que essa volta aconteça a partir de um planejamento sólido, que apresente todos os diagnósticos, atendendo às realidades de cada município, garanta igualdade de oportunidade e preserve vidas de professores, estudantes e seus familiares”, finaliza.

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