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30/09/2024 12:38
Educação

MEC busca banir celulares de salas de aula; conheça alternativa para educação tecnológica

Relatório da ONU mostrou efeitos negativos do uso dos aparelhos na concentração e no aprendizado dos estudantes
Relatório da ONU mostrou efeitos negativos do uso dos aparelhos na concentração e no aprendizado dos estudantes / Foto: Reprodução
Giulia Machado

Um projeto de lei que busca proibir o uso de celulares em salas de aula de escolas públicas e privadas do Brasil está sendo preparado pelo Ministério da Educação (MEC). A iniciativa vem do entendimento de que os dispositivos prejudicam o aprendizado, como apontou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2023, que alerta para o impacto negativo e recomenda “visão centrada no ser humano” ao utilizar tecnologia na educação.

Apesar dos smartphones possibilitarem acesso a diversos conteúdos on-line — o que, por um lado, poderia colaborar com a educação —, eles não são a única forma de fazer os estudantes terem contato com temáticas como programação e tecnologia. Para André Brandão Sala, CEO da Robomind, empresa especializada em projetos de educação tecnológica e robótica, é possível exercitar a tecnologia em sala de aula sem o uso de celulares.

“A educação para robótica tem um impacto muito positivo no desenvolvimento dos estudantes, tanto acadêmico quanto social e cognitivo. Eles aprendem sobre tecnologia, aprendem a programar na prática, e é possível fazer isso sem os celulares. Os materiais incluem livros, peças de encaixe, e, dependendo do curso, tablets são usados para programação. Hoje oferecemos diversos cursos curriculares e extracurriculares para crianças a partir de três anos até o ensino médio, adaptados para as necessidades de cada faixa etária”, destaca.

A Robomind foi pioneira em importar kits de robótica para estudantes da educação infantil e fundamental 1 produzidos na Coreia do Sul pela Roborobo, através dos projetos Uaro e Aikiro. No Brasil, a empresa é distribuidora exclusiva da marca. “Os produtos ajudam os estudantes a aprender programação, robótica e STEAM, que é uma sigla em inglês para as disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, todos assuntos essenciais para o desenvolvimento desses estudantes, ainda mais na realidade em que vivemos hoje, em que a tecnologia gera tantas oportunidades de trabalho”, comenta.

A empresa já implementou projetos em mais de 800 escolas, capacitou mais de mil professores e licenciou mais de 40 franqueados. O material didático da Robomind foi desenvolvido fundamentado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

De acordo com o MEC, o projeto de lei que visa o banimento dos celulares deve ser divulgado e enviado para análise no Congresso Nacional no mês de outubro, sem data de divulgação confirmada.

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