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14/11/2022 08:26
Educação

Reitor reúne museus da Ufal para discutir proposta de nova matriz orçamentária

Comissão da Andifes quer garantir no orçamento das Ifes rubrica específica para manutenção desses equipamentos culturais
/ Foto: Ufal
UFAL

A Universidade Federal de Alagoas faz parte de um dos quatro grupos de trabalho - o GT de Financiamento - criados pela Comissão de Museus da Andifes, cujo intuito é buscar garantir no orçamento das Instituições Federais de Educação Superior (Ifes) uma rubrica específica para manutenção desses equipamentos culturais. Por isso, o reitor Josealdo Tonholo se reuniu com representantes dos museus e de setores que possuem coleções diversas para discutir uma nova matriz orçamentária e como a Ufal vai agir, a partir de agora, para que todos sejam contemplados.

A reunião também serviu para compartilhar os desdobramentos do 1º Seminário Memória, Museus e Patrimônios Culturais, Artísticos e Científicos, realizado em setembro, no Rio e Janeiro, pela Comissão de Museus da Andifes, planejado de acordo com as questões tratadas no Plano de Ação do Ministério da Educação (MEC). “Sabemos que esse trabalho não vai trazer a solução dos problemas enfrentados pelos nossos museus, mas isso vai fazer com que todos nos conheçamos no âmbito da Ufal e no âmbito federal também. Precisamos saber o que há nos nossos museus, o que são equipamentos culturais, o que são coleções, o que está catalogado. Temos de puxar essas discussões para não sermos atropelados pelo processo”, justificou o reitor.

Tonholo também destaca que é preciso fazer alguns deveres de casa para garantir ter uma matriz orçamentária. “Quando tivermos tudo equacionado, a expectativa é que isso componha a matriz da Andifes [Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior] e que se resgate um pouco do orçamento da Cultura. E que os museus universitários passem a ser atendidos pelo MEC e não mais pelo Ibram [Instituto Brasileiro de Museus]”, completou.

O reitor revela ter clareza que o orçamento da Universidade não vai sustentar os museus e coleções. “Os nossos equipamentos culturais, coleções e acervos vão precisar, de um lado, ter esse orçamento garantido, a exemplo da Escola Técnica de Artes e a área de assistência estudantil já vem reservado e ninguém mexe, e ter também esse orçamento específico. Claro que esse orçamento do governo federal não será suficiente, mas teremos o apoio fundamental da Fundepes para esse trabalho de ir em busca de projetos e editais para conseguirmos recursos extraorçamentários para garantir a manutenção dos nossos acervos e equipamentos”, disse.

A reunião aconteceu no Museu de História Natural (MHN) e teve a participação de seu diretor, o professor Jorge Luiz Lopes, docentes e técnicos desse equipamento, além de representantes do Museu Théo Brandão (MTB), da Pinacoteca Universitária, do Memorial do HU, das pró-reitorias de Extensão (Proex), e de Gestão Institucional (Proginst), do Arquivo Central, do Labmar, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema), do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca) e da Fundepes.

Jorge Luiz dá as boas-vindas aos participantes e agradece a escolha do MHN para a realização desse encontro. “É um prazer vocês, mesmo que a nossa estrutura não esteja da forma como gostaríamos. É como o reitor falou, que aqui ninguém joga a toalha. Esse é um mantra de todos os equipamentos culturais. Sei do empenho e do esforço porque temos conversado bastante e sabemos o quanto está realmente difícil, principalmente nos últimos tempos que estamos vivenciando, mas, de uma forma ou de outra, esse é um dos compromissos que nós temos enquanto Universidade”, enfatizou.

E completa: “Isso é o que a escola está fazendo aí fora, visitando não só o MHN, mas os outros equipamentos também. Esse é um compromisso de extensão que mantemos, mesmo com todas as dificuldades. Não vamos desistir e a ideia é crescer cada vez mais. Os equipamentos culturais, principalmente os museus, são extremamente expansivos, não têm limite de tamanho porque as coleções vão aumentando por meio das pesquisas que desenvolvemos e pesquisa gera acervo. A luta é buscar recursos que nos permitam crescer e continuar nosso trabalho”. O diretor também agradece ao reitor Josealdo Tonholo pelo apoio que a gestão tem dado aos equipamentos culturais.

A diretora do MTB, Hildênia Oliveira, apresentou aos participantes um relato de sua participação no evento da Andifes, considerado por ela um marco histórico na proteção dos acervos universitários. Agora, a Ufal faz parte do GT permanente da Andifes, que trata de orçamento e financiamento para museus, coleções e acervos das Ifes.

Hildênia ressalta que a Ufal tem de seis a oito meses para entregar proposta da matriz orçamentária, que vai integrar a matriz própria para museus universitários que a Andifes vai encaminhar ao MEC. Ficou definido que até 16 deste mês será formada uma comissão que vai trabalhar no levantamento das informações sobre os museus, as coleções e os acervos. “Precisamos levantar tudo desde a questão da política de acervo, se está alinhada com o plano diretor e com o PDI [Plano de desenvolvimento Institucional], plano de gestão de risco, entre tantos outros itens. Nós temos quatro museus universitários na Ufal, mas também temos coleções em várias unidades acadêmicas e temos de levantar tudo”, finalizou.

No último dia 3, ela participou de mais uma reunião do GT e levou o que a Universidade já tem enquanto acervo, cadastrado e catalogado.

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