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09/02/2021 11:12
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Acadêmicos da Unit/AL levam acolhimento online para idosos

Projeto Telelongevidade defende envelhecimento ativo e oferece atenção aos envelhecentes
/ Foto: Divulgação
Assessoria

Envelhecer de forma saudável e com qualidade de vida é consequência de um processo que envolve fatores como alimentação, atividade física, cuidados com o corpo e a mente, e, claro, as relações humanas. Mais do que viver por muitos anos, envelhecentes querem uma velhice saudável e com qualidade de vida. Para ajudar nesse processo, acadêmicos e docentes do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL), criaram o Telelongevidade, projeto que oferece escuta e dicas de cuidados.

As inscrições para os idosos que desejam participar da 2ª edição do projeto já estão abertas e podem ser feitas pelo formulário eletrônico que está no endereço: forms.gle/oLekAhwoUfqnknBA8. Os atendimentos serão todos online, com reuniões virtuais, ligações e chamadas de vídeo individuais. As atividades deste ano serão iniciadas no mês de março. A iniciativa busca levar, não somente dicas de qualidade de vida, mas, também, oferecer aos envelhecentes a oportunidade de ser escutado e ter ao seu lado alguém que entenda seus problemas de saúde física, emocional e mental.

O isolamento social imposto pela pandemia vivida em 2020 e que ainda persiste neste ano, foi sentido especialmente pelos idosos. Justamente por integrar o grupo mais vulnerável da Covid-19, eles foram privados de terem contato com amigos e familiares, e impedidos de fazer atividades ao ar livre. Foi diante deste cenário, que o Telelongevidade nasceu. Coordenado pela professora dos cursos de Nutrição e Medicina, Theresa Siqueira, a 1ª edição do projeto teve as atividades iniciadas em julho e estendidas até dezembro do ano passado.

“O Telelongevidade surgiu com o intuito de promover um pouco de alegria na vida de idosos em meio a um momento tão difícil de pandemia. Por meio de ligações semanais, com duração média de 30 minutos, abordamos temáticas ligadas ao cotidiano dos idosos e atividades educativas”, explica a coordenadora. Ela conta, ainda, que a dedicação dos estudantes culminou na conquista do prêmio de melhor relato de experiência no Congresso Internacional de Tecnologia, Educação e Saúde (Conites) promovido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

A acadêmica de Medicina responsável pela apresentação do projeto no Conites/Ufal, Jéssica Borba, revela que a experiência de participar do Telelongevidade foi muito marcante. “Os idosos contavam coisas íntimas e em mais de uma oportunidade me arrepiei e chorei; é gratificante ver a confiança e o vínculo que foram criados, eles ficavam ansiosos pelas conversas semanais”, destaca.

Além de Jéssica Borba, nove alunas do curso de Medicina da Unit/AL garantiram os atendimentos de 2020: Carla Barbosa, Gabriele Irene, Tayná Calumby, Maíra Canuto, Ana Laura Oliveira, Laura Araújo, Gabrielle Nunes, Maryne Leite e Vanessa Mendes.

Algumas delas permanecem no projeto em 2021. Nesta semana, um edital será lançado para os alunos da Unit que desejam participar do Telelongevidade. A novidade é que acadêmicos de todos os cursos da área de Saúde podem participar.

“As alunas envolvidas no projeto se sentiram motivadas e sensibilizadas, neste momento de pandemia, em construir uma relação com os idosos por meio tecnológicos, ao considerar que estes idosos estão em casa e muitas vezes sozinhos. Foi uma experiência excelente para todos: docentes e discentes. Este ano vamos retomar as atividades com mais experiência”, afirma a professora Genilda Leão.

Integração físico, mental e emocional

Entre as temáticas tratadas com os idosos na primeira edição e que farão parte do projeto em 2021 estão a felicidade, as experiências de vida, a importância de saber ouvir, saúde mental e cuidar de si; além de um questionário sobre saúde e uma mesa-redonda virtual sobre feliz-idade.

O projeto de extensão conta, também, com a colaboração das professoras do curso de Medicina da Unit/AL, a terapeuta ocupacional Maria Helena Rosa; e as assistentes sociais Genilda Lea?o e Ana Fla?via Rodrigues Lea?o Melro. O time ainda reúne Camilla Barbosa, assistente social, pós-graduanda em neuropsicopedagogia e Co-fundadora do Viva a Longevidade; e Madson A. Maximiano-Barreto, psico?logo, mestre em Gerontologia e doutorando em Psicologia pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos/SP).

A professora Genilda Leão destaca que a Integração Ensino Serviço e Comunidade (IESC) do curso de Medicina busca a integração da alma e corpo para a harmonização, produzindo junto aos alunos e alunas a política de humanização. “A pessoa é o centro e protagonista de sua história nos vários caminhos da vida. O jovem estudante passa a conhecer essa pessoa por meio das suas relações na comunidade quando se utiliza de diversos instrumentos e metodologias nesta prática. Esta relação se traduz também na integração teoria e prática”, ensina.

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