Fios desencapados ou mal dimensionados, emendas malfeitas e desgastadas pelo tempo, eletrodomésticos com defeito e até uso inadequado de benjamins. Essas são algumas causas da chamada “fuga de energia”, problema comum em muitos imóveis que, se não identificado a tempo, pode causar prejuízos às instalações elétricas, pesar no bolso e comprometer a segurança dos moradores.
O vazamento de corrente consiste no gasto involuntário da eletricidade e acontece quando a energia ‘foge’ de fios para as paredes ou pisos, por problemas no isolamento das fiações. A Equatorial Alagoas chama a atenção para a necessidade de realizar manutenções preventivas nos imóveis a fim de evitar esse tipo de transtorno que pode comprometer valor da conta de luz.
Como identificar a fuga de energia
Rodolpho Ribeiro, engenheiro eletricista da Distribuidora, explica que a maneira mais simples para saber se há fuga de energia é desligar todos os aparelhos da residência e retirá-los da tomada. “Apague todas as luzes do imóvel, retire todos os equipamentos das tomadas e observe se o medidor de energia continua registrando consumo”.
Ele esclarece que no caso dos medidores analógicos, o disco pode girar até completar uma volta, mas se ele não parar significa que existe fuga. “Se o aparelho de medição já for mais moderno, do tipo digital, é preciso observar no mostrador os números medidos para o código 03 que mostra a energia consumida. Se eles continuarem aumentando é necessário acionar um profissional para avaliar as instalações internas”, aconselha.
Ainda de acordo com o especialista, o vazamento de corrente pode provocar aquecimento de paredes próximas aos interruptores e choques elétricos, resultando em acidentes, incêndios e possível danos a equipamentos.
Importância da instalação do disjuntor ou dispositivo Diferencial Residual
Para evitar transtornos e não comprometer a segurança do imóvel, uma orientação importante é utilizar disjuntores adequados. O equipamento interrompe curtos-circuitos e reduz o risco de acidentes domésticos provocados por erros de instalação dos componentes elétricos. Apesar de ser obrigatória, a exigência não é seguida pela maioria das residências, em especial construções antigas que não foram modernizadas.
Um grande aliado para a segurança dos consumidores é o Dispositivo Diferencial Residual (DR), que detecta até as menores fugas de corrente e desliga o cômodo para o qual foi instalado, evitando, inclusive, a percepção do choque elétrico.
Dados do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) e Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) revelam que o disjuntor ou dispositivo Diferencial Residual (DR) estão instalados em apenas 27% das moradias brasileiras.
Dicas que funcionam
Rodolpho Ribeiro dá algumas dicas que podem ajudar a impedir a fuga de energia elétrica. A primeira é realizar a revisão das instalações elétricas do imóvel, pelo menos, a cada 5 anos. “Se o problema for identificado, é imprescindível contratar um profissional qualificado para não colocar em risco a segurança dos moradores”, enfatiza.
Confira outras orientações:
• Nunca realize reparos com a chave geral ligada ou remova fusíveis e disjuntores dos circuitos;
• Deixe a geladeira longe de fontes de calor e raios solares e no mínimo com 15cm entre a grade traseira e a parede;
• Se precisar trocar o chuveiro, utilize fios e disjuntor recomendados no manual do fabricante;
• Preste atenção à fios desencapados ou danificados e emendas expostas. Providencie a substituição o mais rápido possível;
• Evite o uso contínuo de benjamins e não utilize-os com tomadas pesadas para evitar a má conexão com a parede.
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