A corretora de imóveis de Maceió, Polyanny Santos, denuncia que criminosos estão se passando por ela para enganar clientes e aplicar golpes. Segundo a profissional, os estelionatários estão atuando em Alagoas e também em outras capitais do Nordeste, usando sua foto no WhatsApp e um e-mail falso para confundir as pessoas.
De acordo com Polyanny, que procurou a reportagem para alertar à população sobre os riscos do novo golpe, o criminoso teria entrado em contato com ela anteriormente, se passando por um cliente, pedindo a identificação pessoal da corretora — justamente alegando o risco de golpes no setor imobiliário. Agora, ele está usando indevidamente a credencial da profissional.
“Foi feita uma denúncia no CRECI [Conselho Regional de Corretores de Imóveis], de uma cidadã que havia sido vítima desses golpistas em João Pessoa, no começo de fevereiro. A cliente fez a transferência do valor integral para a suposta corretora, que era alguém se passando por mim, usando a mesma foto do meu WhatsApp e enviando a mídia da minha carteira profissional, na tentativa de transmitir credibilidade”, conta Polyanny.
No caso da vítima de João Pessoa, na Paraíba, o golpista usou um telefone com o DDD 83. Em Alagoas, os criminosos estão usando um outro número, com o DDD 82.
“Esses golpistas postam anúncios falsos na internet, com valores muitos atrativos. Eles se comportam e se comunicam como empresa organizada, passam uma imagem de profissional da área. Os clientes precisam ficar atentos, principalmente se o valor do imóvel for muito abaixo do valor de mercado”, alerta a corretora.
Golpe já tem vítimas em Alagoas
De acordo com Polyanny Santos, somente esta semana, entre os dias 23 e 24 de fevereiro, duas pessoas a procuraram, informando que teriam caído no golpe.
“No dia 17, no carnaval, os criminosos entraram em contato comigo, pedindo informações sobre mais um imóvel. Só que não observaram que falaram comigo usando um WhatsApp com a minha própria foto, tamanha a confiança na impunidade ao dar golpes e lesar os cidadãos”, relata a corretora.
"Infelizmente a internet veio para facilitar as negociações, mas todos nós precisamos estar atentos, porque tanto o cidadão comum, assim como, o profissional da área, estão sujeitos a golpes. Neste momento, existe alguém em Maceió fazendo anúncios e se passando por corretor, se passando por mim, dando golpes em vários cidadãos de bem, que estão fazendo depósitos na esperança de garantir uma moradia , sem ao menos ir visitar o imóvel”, lamenta.
Como não cair em golpes
Para ajudar os clientes a não caírem em golpes desse tipo, a corretora Polyanny Santos elencou alguns pontos que as pessoas devem considerar quando estão em busca de imóveis.
Nunca feche negócio sem ter ido visitar o imóvel. “Se precisar fazer isso, realize uma chamada de vídeo com quem está oferecendo o imóvel (corretor ou proprietário), no local que ela está oferecendo. Se certifique de que realmente é a pessoa da foto”, diz a profissional.
“Se possível, buscar informação na portaria do prédio. Saber se aquele que apresentou o imóvel pessoalmente é realmente o corretor responsável ou se a pessoa que está apresentando é o proprietário do imóvel. E se, de fato, o imóvel está disponível para locação”, continua Polyanny.
“Os golpistas têm agido das seguintes formas: muitas vezes alugam o imóvel e põem alguém no local para mostrar o imóvel se passando como dona ou inquilina, mas na sua grande maioria eles conseguem tirar dinheiro da vítima sem sequer agendar uma visita, apenas convencendo que a pessoa precisa fazer um depósito para garantir aquela situação de ‘oferta imperdivel'. E o possível cliente fica cego pela ‘vantagem’ do aluguel baixo”, explica.
Ela também alerta sobre a importância de pedir a identificação profissional não só pelo WhatsApp, mas ao encontrar o corretor pessoalmente.
“Se estiver tratando só por telefone, você pode ligar para o CRECI local, nem sempre o profissional terá autorizado no conselho a passar o seu contato telefônico pessoal, porém, se o cidadão passar o número de telefone ao CRECI, o mesmo conseguirá informar ao cidadão se aquele número bate com o número do corretor no banco de dados”, ressalta Polyanny.
“Nós que fazemos um trabalho sério, ético e transparente, com a finalidade de atender, mas principalmente de servir à sociedade, oferecendo uma moradia segura, através de uma prestação de serviço eficaz, ter o nosso nome maculado e ver tantas pessoas sendo lesadas, isso é muito lamentável”, concluiu a corretora de imóveis.
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