O Ministério da Saúde afirmou, em resposta enviada à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que tem previsão de 134,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para 2022. Essas doses serão remanescentes de 2021, conforme avaliação da Pasta. O ministério ainda disse que há uma negociação em andamento com a Pfizer para um novo contrato de aquisição de 100 milhões de doses e opção de compra de mais 50 milhões.
Se no próximo ano for aplicada apenas uma dose de reforço a todos os brasileiros que podem ser vacinados, a quantidade será suficiente. Já se forem duas doses, a quantidade estará abaixo do necessário para completar o ciclo vacinal.
O ministério enviou à CPI uma versão preliminar do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 de 2022 após cobranças da comissão. No último dia 5, os senadores aprovaram requerimento para que o ministro Marcelo Queiroga fornecesse uma série de informações, como estoque de vacina para este ano, previsão de vacinação para 2022 e justificativa para descontinuação do uso da CoronaVac, do Instituto Butantan, no próximo ano.
Os senadores deram o prazo de 48 horas para a resposta, o que não ocorreu, fato que gerou uma pressão maior para a aprovação da convocação do ministro para prestar depoimento pela terceira vez na comissão.
Outros dois fatos pressionaram a aprovação do requerimento: o anúncio do ministro de interrupção da vacinação de adolescentes – depois, a Pasta voltou atrás – e a notícia sobre a retirada de pauta da reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS), na última quinta-feira (7), do item que previa a discussão sobre o relatório contrário ao uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina em pacientes com Covid-19 ou com suspeita da doença que foi elaborado pelo grupo técnico.
Estoque
O ministério informou que a previsão é de necessidade de mais 73,7 milhões de doses para completar a vacinação em 2021. Segundo a Pasta, os fabricantes ainda precisam entregar 207,8 milhões de vacinas neste ano, sendo a maior parte (99,9 milhões) da Pfizer, parte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o restante da Janssen.
Fonte: R7
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