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21/07/2021 13:35
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Personal trainer diz ter sido barrada em academia por vestir short curto demais

Em nota, a Bluefit afirmou que exige dos personais um uniforme padronizado que os diferencie dos profissionais das unidades
Personal trainer Vanessa Del Solar dá aulas vestindo short considerado curto por academia de Brasília / Foto: Arquivo pessoal

 Uma personal trainer relata que foi impedida de entrar em uma academia na Asa Norte, em Brasília, por vestir um short considerado "curto" pela equipe do estabelecimento. O caso ocorreu na segunda-feira (20).

Vanessa Del Solar, de 35 anos, relata que usa o espaço há cerca de um ano para atender alunos. O contrato prevê que os profissionais devem usar calça ou bermuda. Ela afirma que já tinha usado a mesma peça outras vezes, sem problemas, e que funcionários não tiveram qualquer tipo de tolerância.

"Para mim, é uma bermuda e a roupa estava adequada", afirma.

Em nota, a Bluefit afirmou que exige dos personais um uniforme padronizado que os diferencie dos profissionais das unidades. "Apesar dos cuidados que tomamos, qualquer reclamação ou equívoco nas exigências pode ser levada à ouvidoria da rede. A empresa lamenta o ocorrido e já está em contato com a unidade e com a cliente para avaliar a situação", disse o texto (leia íntegra ao fim da reportagem).

Regras

Vanessa diz que foi repreendida pela recepcionista logo na chegada. "Disse que o short é curto. Eu falei que já usei a mesma roupa outras vezes e me disseram que a gerência mudou. Questionei se não haveria uma cartilha, algo que explicasse o que é adequado para adaptação".

A personal afirma que tentou argumentar para saber se poderia entrar ao menos daquela vez, para não deixar o aluno, que já estava fazendo aquecimento na esteira, sem atendimento. No entanto, foi informada que não poderia entrar.

"O que mais me afetou foi aquela exposição ali. Eu esperando na catraca, e só escutava que estava com um short curto. Eu tenho bom senso e consigo escolher uma roupa adequada. Sei que tenho que cumprir as regras da empresa, mas não teve tolerância, nem conversa", disse.
Após o caso, a profissional fez o treino do aluno com equipamentos que tem em casa. Vanessa também fez um desabafo em uma rede social. Ela classificou a situação como "desagradável" e "inacreditável". Agora, avalia a possibilidade de levar o caso à Justiça.

Caso em condomínio

Em março, uma situação parecida ocorreu em um condomínio da capital. Vizinhas da técnica de laboratório Najhara Noronha, de 36 anos, enviaram um e-mail pedindo que a moradora do Sudoeste não transitasse nas áreas comuns do prédio com roupas de academia e "shortinhos".

A notificação, com o título "Solicitação de vestuário apropriado", foi assinada pelo "Conselho de Mulheres" do condomínio. O texto pede que Najhara não use "vestes que não sejam bermudas ou roupas mais adequadas". A justificativa, é que a vizinha estava fazendo os casais se sentirem constrangidos.

À época, o caso foi registrado na Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC). O G1 tenta atualizar o andamento da investigação na Polícia Civil.

Leia íntegra da nota da Bluefit

"A Bluefit, rede com mais de 100 unidades espalhadas por 13 estados do país, preza sempre pela excelência na prestação do serviço e no atendimento aos clientes. Justamente para manter o melhor serviço, é exigido dos personais um uniforme padronizado que os diferencie dos profissionais das unidades, identificando-os como instrutores particulares. Apesar dos cuidados que tomamos, qualquer reclamação ou equívoco nas exigências pode ser levada à ouvidoria da rede. A empresa lamenta o ocorrido e já está em contato com a unidade e com a cliente para avaliar a situação."

 

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