Sem dúvida, o assunto mais falado do BBB 21 é a rapper Karol Conká. Desde o início do programa, suas atitudes foram reprovadas pelo público, e essa rejeição refletiu no número de seguidores da cantora, que hoje possui aproximadamente meio milhão a menos do que tinha quando entrou na casa.
Acusada de humilhar constantemente o participante Lucas Penteado e de provocar a exclusão do ator, o que posteriormente levou à desistência do mesmo, Karol Conká perdeu cerca de R$ 5 milhões, segundo uma estimativa da agência Brush. O valor considera shows cancelados, programas de TV e a perda de patrocínios em suas redes sociais.
Mesmo após a eliminação de Lucas, Karol continuou se envolvendo em brigas dentro do reality e foi acusada de manipulação por outros participantes. Com risco de ser eliminada no próximo paredão, a rejeição de Karol Conká ocorre devido a atitudes em que a rapper age com ar de superioridade e, não raramente, diminuindo os outros participantes do programa.
O Pleno.News conversou com a psicóloga Carla Cristhyne sobre o comportamento da cantora e sobre o que fazer quando convivemos com pessoas que têm atitudes semelhantes.
Quando se torna necessário afastar-nos de pessoas que têm esse tipo de comportamento?
Quando percebemos o quanto isto está nos afetando e/ou controlando na área emocional e racional. Precisamos impor limites e dizer não às pessoas. Minha fala não se refere apenas a pessoas com este tipo de personalidade, mas a todas, de um modo geral.
Precisamos aprender a lidar com essas duas esferas: razão e emoção, desejo e realidade. Temos dificuldade de perceber o quanto o outro nos adoece e como sair deste lugar.
A Camilla conseguiu avaliar quem é o outro sem se colocar/envolver emocionalmente e, por isso, deu um corte na Karol
Qual é a diferença entre lidar com esse tipo de comportamento dentro da família e dentro de um outro círculo social?
A questão afetiva criada pela família dificulta ao indivíduo perceber quem é o outro e o quanto ele nos adoece. Todos os grupos nos adoecem de alguma forma. Nós é que somos responsáveis por impor esse limite emocional e precisamos fazer isto.
Como? Refletindo sobre os relacionamentos e, com a ajuda da psicoterapia ou de análise, impor limites, pois isto tem muito a ver com o inconsciente, seus desejos e crenças.
Pergunte a si mesmo: “Eu consigo dizer não? Por que dizer não é tão difícil para mim? Por que eu não quero viver esse luto?” [Porque] sim, dizer não poder ser um luto, reflita.
Já que estamos falando do BBB, vou dar dois exemplos aqui: Camilla x Karol e Lucas x Karol. Avaliando rapidamente algumas cenas, minha hipótese é: a Camilla conseguiu avaliar quem é o outro sem se colocar/envolver emocionalmente e, por isso, deu um corte na Karol.
Já o Lucas se envolveu emocionalmente com a Karol por levantarem a mesma bandeira. Logo, ele teve dificuldade de impor esses limites por ter uma identificação com ela. Mas é importante comentar que sim, o ato dele de sair foi uma forma de impor o seu limite.
Quando o convívio é necessário e o afastamento não é possível, qual é a melhor forma de lidar com alguém assim?
O que é afastamento? É necessária uma reflexão sobre essa palavra. Hoje, na área digital, afastar-me é cancelar. Mas podemos pensar em afastamento como não se afetar de forma racional e emocional. É possível não se afetar com algumas pessoas, mas é necessário uma autorreflexão, autoconhecimento, autoestima etc…
Precisamos nos relacionar e sempre estamos nos relacionando com as pessoas. Dentro dos grupos existem muitas personalidades, e precisamos aprender a lidar com cada uma delas. Pensando em qual a melhor forma de lidar com alguém, precisamos ter empatia. Aprenda a lidar com o que é seu e com o que é do outro.
Fonte: Pleno News
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