As Agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Alagoas amanheceram, nesta quarta-feira (23), repletas de cartazes nas suas fachadas, alertando a população de que não haverá expediente nas agências por tempo indeterminado, em virtude da greve nacional dos servidores federais.
A categoria está sem reajuste salarial há cinco anos e exige reposição de 19,99% da inflação. Eles também exigem a retirada da proposta de reforma Administrativa do governo federal.
A decisão pela paralisação se deu em plenária da federação, no dia 5 de março. A greve do INSS e de outras categorias seguirá até que o governo negocie com as entidades que representam os servidores públicos federais. Na última quarta-feira (16), milhares de servidores públicos federais de vários locais do país ocuparam a Esplanada dos Ministérios reivindicando melhores condições de trabalho e atendimento da pauta protocolada no dia 18 de janeiro.
Perdas e danos à categoria
Em ofício enviado ao Ministério da Economia, no dia 18 de janeiro deste ano, os servidores do INSS destacaram as perdas salariais nos últimos cinco anos. “Não tivemos qualquer reajuste da inflação, o que faz com que os nossos salários estejam bastante defasados”.
Estudos sobre a defasagem salarial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) demonstram que a ausência de reajustes provocou o rebaixamento do piso a níveis menores do que o salário mínimo do país.
Veja, abaixo, a pauta de reivindicações da categoria:
Além do reajuste de 19,99%, da retirada da PEC 32 e da revogação da Emenda Constitucional do Teto dos Gastos, a categoria reivindica:
– Recomposição salarial data-base;
– Reajuste dos auxílios-alimentação, creche e saúde;
– Reestruturação da carreira típica de estado para o seguro social;
– Nível superior para ingresso ao cargo de técnico do Seguro Social;
– Rediscussão dos processos de trabalho;
– Fim dos adicionais de meta para o teletrabalho;
– Auxílio teletrabalho para o uso de internet, energia, mobiliário e equipamentos – Jornada de 30 horas semanais para o atendimento de qualidade para a população;
– Fim da terceirização do INSS;
– Concurso público;
– Derrubada do veto de R$ 1 bilhão do orçamento do INSS;
– Não ao fechamento das Agências do INSS e;
– Defesa do direito ao atendimento presencial ao cidadão nas unidades do órgão.
Os servidores também reivindicam em pauta específica, já entregue ao Ministro do Trabalho e da Previdência Social, que consiste na profissionalização da Carreira do Seguro Social. Das 384 carreiras do serviço público federal, a do Seguro Social, que abriga técnicos e analistas do órgão, é a única que possui vencimento básico abaixo do salário mínimo.
Fonte: Gazeta Web
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