O empresário brasileiro Márcio Rodrigues da Silva, de 44 anos, que foi encontrado nesta terça-feira (21) após ficar 13 dias desaparecido na Suíça, fugiu de um cativeiro e procurou a família e a polícia, conforme contou o cunhado dele ao g1. Márcio estava no país europeu em uma viagem de negócios, quando desembarcou em 8 de novembro.
Conforme relatado pelo cunhado de Márcio, Carlos Roberto Cera, o empresário de Itupeva (SP) conseguiu escapar de um local onde era mantido em cativeiro e entrar em contato com a esposa e com a irmã dele.
"Acionamos um casal de amigos, que estava próximo do local onde o Márcio estava, e levaram ele para a delegacia", explica Carlos.
Conforme Carlos, Márcio ficou 13 dias em cativeiro e está se recuperando. Segundo o cunhado, Márcio registrou um boletim de ocorrência e a polícia pediu à família para manter a investigação em sigilo. Carlos não informou mais detalhes sobre o que aconteceu com Márcio.
Segundo a família, ainda não há definição de volta ao Brasil.
Entenda o caso
Márcio estava desaparecido desde o dia 8 de novembro, quando desembarcou em Zurique. O caso é investigado pela Polícia Federal, com o apoio da Interpol, e também pela polícia local.
O empresário, que mora em Itupeva e atua no ramo de produtos terapêuticos, pegou o voo para a cidade suíça às 18h do dia 7 de novembro, no aeroporto de Guarulhos (SP). O tempo total de viagem era previsto para 13h40, com uma conexão em Barcelona, na Espanha.
Ao g1, a esposa contou que ele foi até Zurique para assinar documentos de um investimento que havia feito pela internet com uma empresa. Ana Lúcia Rodrigues disse também que o marido chegou a enviar um vídeo e fotos para ela, mostrando que havia aterrissado no aeroporto suíço. Em um áudio, o empresário diz que achava que havia "caído em uma cilada".
Depois de enviar o áudio, o empresário parou de responder e não foi mais localizado. Segundo a esposa, ele havia ido se encontrar com um grupo da empresa na qual havia feito o investimento.
O caso ganhou destaque na imprensa internacional, além de mobilização da comunidade brasileira que vive na Suíça.
O g1 pediu informações para o Ministério das Relações Exteriores, porém, até o momento da publicação desta reportagem, não obteve retorno.
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