Um grupo de jovens canadenses que viajou na semana passada para o México para passar o Ano Novo ficou retido no país depois que imagens do voo fretado para a ida geraram polêmica com autoridades dos dois países. Do grupo de mais de 130 pessoas que viajou, apenas 27 conseguiram voltar ao Canadá, na sexta-feira (7).
Nas fotos e vídeos publicados pelos próprios viajantes nas redes sociais no dia 30 de dezembro, eles aparecem no avião fretado da companhia aérea canadense Sunwing fazendo uma festa sem respeitar qualquer protocolo de segurança contra Covid-19.
Os jovens aparecem sem máscara, compartilhando e bebendo bebidas alcoólicas diretamente da garrafa, fumando cigarros eletrônicos e vaporizadores, muitos de pé e dançando nos corredores dentro da aeronave.
Após a divulgação das imagens, todos os passageiros foram multados em até US$ 5 mil (cerca de R$ 28 mil) cada e proibidos de deixar o México. O organizador da viagem, James Award, explicou que tentou fretar uma aeronave para levar todos de volta, mas não conseguiu.
Retorno complicado
Em entrevista ao TMZ, Award, dono da empresa 111 Private Club, que promoveu a viagem, afirmou que tem esbarrado em exigências da Sunwing para que todos os passageiros sejam testados, usem máscaras, sejam proibidos de ficar em pé nos corredores e que o voo seja realizado sem serviço de bordo ou consumo de alimentos e bebidas.
O empresário disse que não concordou com as condições pedidas pela empresa aérea, que cancelou o voo de volta, porque o voo de volta ao Canadá dura cerca de 5 horas e, segundo ele, isso exigiria uma refeição. Outras companhias também não aceitaram propostas para repatriar o grupo.
"Pensando na situação, entendo porque muitas pessoas ficaram incomodadas com as imagens e com o que aconteceu", ressaltou Award. Segundo ele, todos os ocupantes da aeronave tinham sido testados contra Covid antes da viagem.
De acordo com relatos, a tripulação tentou fazer com que os passageiros ficassem em seus assentos durante o voo, mas não foi possível. Com a situação, os comissários passaram a viagem recolhidos nas partes dianteira e traseira do avião.
Mesmo quando conseguirem voltar ao Canadá, os jovens ainda terão mais problemas pela frente. O ministro do Turismo, Omar Alghabra, afirmou que sua pasta irá investigar o que ele chamou de "comportamento inaceitável" dos passageiros, que podem ser indiciados em seu país de origem caso descumpram as normas de segurança no retorno.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que o episódio foi um "tapa na cara" dos canadenses que seguiram as regras até o momento durante a pandemia. "A saúde e a segurança da equipe a bordo, assim como dos passageiros, é a maior prioridade durante um voo. Os passageiros no voo da Sunwing serão responsabilizados por seus atos", afirmou.
Fonte: R7
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