O bicampeão de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi perdeu a eleição para uma vaga no Senado da Itália, destinada a cidadãos italianos na América do Sul. Neto do italiano Pasquale Fittipaldi, ele concorria pelo partido de extrema-direita Irmãos da Itália (Fdl), líder da coligação que venceu as eleições gerais do país realizadas neste domingo e conquistou maioria no parlamento. Mas ficou em segundo lugar na votação, com 31.386 votos, segundo dados apurados pelo Ministério do Interior nesta segunda-feira. O eleito para representar a América do Sul foi o argentino Mario Alejandro Borghese, do Movimento Associativo dos Italianos no Exterior (Maie), que recebeu 58.233 votos.
Em seu Instagram, Fittipaldi agradeceu os votos que recebeu. "Obrigado família italiana por todo carinho e apoio em nossa campanha. Continuaremos lutando pelo sua cidadania italiana. Contra aqueles que querem mudar seu direito. Conte sempre com nosso apoio", escreveu ele, que por sua vez teve o apoio de nomes conhecidos como Eduardo Bolsonaro, Reginaldo Leme, Marco Feliciano, Sérgio Reis, Marcelo de Carvalho, Otávio Mesquita, Juan Manuel Fangio e do pentacampeão Edmílson.
Borghese ficou com 25,5% dos votos de eleitores registrados em 12 países da América do Sul, contra 16,9% de Fittipaldi. Ele já era deputado pelo Maie e agora irá ocupar a vaga no Senado. Em terceiro lugar ficou outro brasileiro: Andrea Matarazzo, que já foi vereador em São Paulo e embaixador do Brasil na Itália, concorreu pelo Partido Democrático, de centro-esquerda, e recebeu 27.201 votos (13,5%).
Como funcionam as eleições italianas para estrangeiros?
Na Itália, há duas vagas reservadas para candidatos sul-americanos: um senador e dois deputados. Na vaga de deputados, o Brasil conseguiu eleger um candidato: Fabio Porta, do Partido Democrático, com a segunda maior votação: 7,3%. Quem ficou em primeiro lugar foi outro argentino, Franco Tirelli, que teve 14,5% dos votos, pelo partido Maie.
Até 2020, a América do Sul ocupava seis vagas no Parlamento italiano, mas um referendo fez as cadeiras diminuírem pela metade. São 4,7 milhões de cidadãos italianos que moram na América do Sul registrados para votar, 418 mil deles brasileiros. O país com mais eleitores é a Argentina, com 716 mil. As votações funcionam por carta registrada, com os eleitores recebendo em casa a cédula de votação e enviando por correio, de 8 a 16 deste mês. Para chegar a tempo, os envios foram feitos até o prazo de 22 de setembro, e os resultados saíram no último domingo.
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