O ex-presidente filipino Fidel Ramos morreu aos 94 anos de idade, no domingo (31). Ele foi uma figura importante nos protestos pró-democracia de 1986, que derrubaram a ditadura no país. O escritório presidencial das Filipinas anunciou a morte, mas as causas não foram reveladas.
Ramos era um militar de alto escalão durante a ditadura do ex-presidente Ferdinand Marcos, pai do atual líder do país, Ferdinand Marcos Junior. No entanto, Ramos apoiava Corazon Aquino, figura central no movimento Poder Popular de 1986. Sua mudança de posicionamento provocou a queda do governo de Marcos.
Depois de Aquino se tornar presidente, Ramos passou a ocupar cargos importantes no governo, inclusive, o de ministro da Defesa. Ele frustrou tentativas de golpes por parte de oficiais do Exército, o que contribuiu para a estabilidade do governo de Aquino.
Ramos assumiu a presidência em 1992 e se comprometeu a reconstruir a economia das Filipinas. Ele é reconhecido por ter colocado o país de volta nos trilhos do crescimento econômico.
Ramos deixou o cargo em 1998, mas manteve sua influência política, apoiado também pela opinião pública. Assim, foi capaz de fazer várias exigências a governos subsequentes.
Fonte: Agência Brasil com NHK
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