Uma senhora de 89 anos se tornou a primeira pessoa a morrer após pegar Covid-19 duas vezes, segundo especialistas do Centro Médico da Universidade de Maastricht, na Holanda. Em estudo aceito para publicação no Clinical Infectious Diseases, os médicos explicam que o caso levanta sérias questões sobre quanto tempo a imunidade e os anticorpos para o novo coronavírus podem durar.
A mulher sofria de um tipo raro de câncer de medula óssea chamado macroglobulinemia de Waldenström. Devido ao tratamento, seu sistema imunológico estava comprometido. No entanto, os pesquisadores afirmam que sua resposta imune natural ainda teria sido "suficiente" para combater a Covid-19, já que o tipo de tratamento que ela recebeu para o câncer não resulta necessariamente em risco de vida.
O intervalo entre os sintomas da primeira e da segunda vez que a idosa testou positivo para o Sars-CoV-2 foi de apenas 59 dias. Ainda assim, a holandesa não tinha nenhum anticorpo para o novo coronavírus em seu sangue quando foi examinada pela segunda vez. Isso sugere, segundo os especialistas, que qualquer resistência à doença desenvolvida pelo sistema imunológico pode se deteriorar rapidamente.
A mulher não foi testada entre os dois episódios, mas a composição genética do vírus em cada situação foi diferente. "É provável que o segundo caso tenha sido uma reinfecção em vez de uma 'eliminação prolongada' [do vírus]", escreveram os cientistas na pesquisa.
Fonte: Galileu
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