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25/09/2024 11:44
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Líderes mundiais se reúnem em NY para discutir transição econômica inclusiva

Organizado pelo Fórum Econômico Mundial na série de Encontros de Desenvolvimento Sustentável e pela coalizão G20 pelo Impacto, encontro será no dia 25 de setembro, durante a Climate Week e a Assembleia Geral das Nações Unidas
Organizado pelo Fórum Econômico Mundial na série de Encontros de Desenvolvimento Sustentável e pela coalizão G20 pelo Impacto, encontro será no dia 25 de setembro, durante a Climate Week e a Assembleia Geral das Nações Unidas / Foto: Reprodução
Jéssica Flausino

A aceleração dos eventos climáticos colocaram o Brasil e todo o Mundo diante de uma situação sem precedentes, que vem exigindo respostas diversas e urgentes para a solução de demandas complexas. A ausência de organização e ação para lidar com um cenário, em boa parte previsível, mostra como cada dia do passado fará diferença para o futuro do planeta. Na tentativa de encontrar essas e outras respostas, 25 líderes mundiais vão se reunir em Nova York no próximo dia 25 de setembro para conversar sobre a transição para uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa. O evento é organizado pelo Fórum Econômico Mundial na série de Encontros de Desenvolvimento Sustentável e pela coalizão G20 pelo Impacto e será sediado pelo Fórum Econômico Mundial, durante a Semana do Clima (Climate Week) e da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Líderes do setor público, formuladores de políticas, organizações internacionais e líderes empresariais e do setor privado estarão entre os participantes. "Para enfrentar as desigualdades estruturais globais e acelerar a transição para uma economia mais inclusiva e regenerativa, é imperativo adotar uma perspectiva sistêmica que una o setor público, o setor privado e a sociedade civil organizada. A agenda do G20 pelo Impacto acontece neste sentido de buscar um debate qualificado que se transforme em uma ação coordenada e concreta, e possa reforçar as recomendações que já fizemos aos líderes mundiais em novembro. Além disso, as agendas até novembro também pretendem discutir os legados que o evento no Brasil deixará para a próxima edição na África do Sul em 2025”, explica Marcel Fukayama, co-fundador da Din4mo e coordenador G20 pelo Impacto.

Entre os participantes convidados, estão o secretário-geral da Presidência da República do Brasil, Márcio Macedo; Alexandra van der Ploeg, vice-presidente sênior da SAP, Chantal Line Carpentier, da ONU, de Hilde Schwab, fundadora da Schwab Foundation for Social Entrepreneurship, organização irmã do Fórum Econômico Social; Kenneth Kwok, fundador do Global Citizen Capital; Zane Dangor, Diretor Geral do Departamento de Relações Internacionais e Cooperação (equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil) l e Sherpa do G20 na África do Sul.

Outras agendas

A agenda da coalizão na semana do clima em Nova York continua no dia 26, quando será realizada a 3ª Plenária do G20 pelo Impacto, um evento fechado e destinado aos membros da coalizão e seus convidados. A atividade será organizada pelo G20 pelo Impacto e tem o apoio do Impact HUB. A plenária tem o objetivo de reunir os membros que estarão na semana em Nova York, além de fortalecer a ponte com a África do Sul. Será uma oportunidade para os membros discutirem questões centrais em relação ao impacto global, ao papel do G20 neste cenário e reforçar as articulações conjuntas das recomendações aos líderes.

Outro evento que ocorrerá no dia 26 é a atividade "O G20 e a Reforma das Estruturas de Governança Econômica Global", organizada pelo International Peace Institute e pelo Ministério da Fazenda, a Sociedade Civil e o G20 Social, que é liderado pela Secretaria Geral da Presidência da República. O foco será a discussão sobre as reformas das estruturas de governança econômica global, com ênfase nas perspectivas do Sul Global. Este fórum de políticas será realizado às margens da Assembleia Geral da ONU no IPI, em Nova York. A programação contará com a participação de Jeroo Billimoria, que representará a coalizão.

"Essas agendas são um marco crucial antes do G20, especialmente considerando que o Brasil será o anfitrião da Cúpula Social e Cúpula de Líderes em novembro. O que será discutido aqui tem o potencial de moldar as políticas globais sobre nova economia para os próximos anos." comenta Fukayama.

Em seu documento de recomendações, o G20 pelo Impacto destaca que o atual modelo econômico global resultou em cenário disparatadamente desigual, gerando anomalias como concentração de renda cada vez mais excessivas de um lado e a pobreza extrema do outro. Neste sentido, as recomendações foram elaboradas para propor uma nova economia diante de um novo paradigma econômico que integra a equidade social com a preservação de um planeta habitável,

As recomendações entregues aos líderes das trilhas políticas do G20 (Financeira e Sherpa) endereçaram as 4 prioridades do Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis da Trilha Financeira:


Otimizar as operações dos Fundos Internacionais Ambientais e Climáticos para fornecer financiamento sustentável.

Avançar em planos de transição justos, robustos e confiáveis.

Analisar os desafios de implementação relacionados aos padrões de relatórios de sustentabilidade, incluindo Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) e Mercados Emergentes de Economias em Desenvolvimento (EMDEs).

Financiar Soluções baseadas na Natureza

Para quem quiser saber mais sobre as recomendações para Sustainable Finance Working Group 2024, pode conferir o documento completo clicando aqui.

SOBRE G20 PELO IMPACTO

O G20 pelo Impacto é uma coalizão global de 50 organizações nacionais e internacionais que alcançam coletivamente mais de 1 bilhão de pessoas em todo o Mundo. O objetivo da iniciativa é encorajar os países do G20 a alavancar a nova economia inclusiva, equitativa e regenerativa. A coalizão está articulando de forma coordenada, estruturada e pragmática, recomendações robustas que incidam na cúpula do G20 do Rio de Janeiro, em novembro de 2024. As recomendações buscam apontar para o enfrentamento da ‘policrise’ gerada pela desigualdade socioeconômica e pela crise climática por meio da transição para novo modelo econômico.

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