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31/05/2021 09:07
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Médico brasileiro é preso no Egito acusado de assediar vendedora muçulmana

O Egito criminalizou assédio sexual em 2014. A lei prevê multas ou pena de seis meses a três anos de prisão.
/ Foto: Reprodução Redes Sociais

 O médico brasileiro Victor Sorrentino foi preso ontem por autoridades da cidade de Luxor, sul do Egito, após publicar um vídeo em que aparece assediando uma muçulmana. A informação da detenção de Sorrentino foi feita pelo Ministério do Interior egípcio e publicada pela CNN local.

Em comunicado, o Ministério do Interior disse que "os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e foram capazes de deter o turista brasileiro". Segundo o texto, publicado no Twitter, as autoridades tomaram medidas judiciais contra o médico.

No vídeo publicado em seu perfil no Instagram, com quase 1 milhão de seguidores, Sorretino faz comentários sexistas em português a uma vendedora, ao comprar papiro, folha de madeira usada para escrita no Egito Antigo.

"Vocês gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?", disse o médico gaúcho. "O papiro comprido."

"Si", respondeu a mulher, em espanhol, sem entender as palavras de Sorrentino. "Tá! Maravilha", responde o brasileiro.

Após a publicação, as imagens circularam pelo país e as autoridades receberam denúncias da população.

Depois das críticas, o médico tornou privado seu perfil na rede social e postou outro vídeo, dessa vez se desculpando. "Eu sou assim. Sou um cara muito brincalhão", justificou.

Sorrentino ficou conhecido por defender o chamado "kit covid" no tratamento precoce para combater a covid-19 com remédios sem eficácia comprovada.

Em entrevista, o brasileiro já havia dito que os "medicamentos são conhecidos" e "não causam risco nem prejuízo" à saúde.

O Egito criminalizou assédio sexual em 2014. A lei prevê multas ou pena de seis meses a três anos de prisão.

No ano passado, o parlamento egípcio aprovou uma lei para manter a identidade das vítimas de agressão e assédio sexual em sigilo. O objetivo é proteger a reputação e incentivá-las a registrarem os casos.

Fonte: UOL

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