Um garoto de 7 anos morreu após ser derrubado 27 vezes consecutivas em uma aula de judô em Taiwan, na Ásia. O laudo aponta que o menino sofreu uma grave hemorragia cerebral depois de treinar golpes com um professor e um colega.
O caso aconteceu em abril, quando a criança entrou em coma e passou a ser mantida viva por aparelhos. Os pais decidiram desligar os aparelhos na noite da última terça-feira (29), após quase 70 dias.
De acordo com a imprensa local, os pais optaram por retirar o filho do suporte vital após a equipe médica do Hospital Fengyuan relatar que a pressão arterial e a frequência cardíaca do menino estavam caindo.
O treinador da criança, um homem de quase 60 anos, foi acusado da agressão física que provocou os graves ferimentos, com o agravante de ter usado outra criança para praticar a violência. Mais tarde, a investigação descobriu que ele não tinha licença. O professor, que foi identificado apenas pelo sobrenome Ho, foi solto no início deste mês após pagar fiança.
Após a morte da criança, os promotores decidiram mudar a acusação para “ferimento causando morte”, diz o site Taiwan News. Se condenado, Ho pode enfrentar pena de 7 anos de prisão à perpétua.
TIO ESTAVA PRESENTE EM AULA
O incidente com a criança ocorreu no dia 21 de abril. O menino estava acompanhado de um tio, que havia ido para filmar a aula e mostrar à mãe que o treino era perigoso e inadequado. O vídeo mostra a criança sendo seguidamente arremessada ao chão por um garoto mais velho. O menino chega a gritar de dor, mas o professor o obriga a levantar-se e a continuar a sessão. Os golpes só cessaram depois que a criança desmaiou.
O comportamento do tio da criança foi alvo de críticas, uma vez que ele não interferiu na violenta sessão de golpes contra o menino. No entanto, especialistas apontam que há na cultura taiwanesa uma forte reverência aos professores, o que inibe qualquer ato que possa ferir sua autoridade, independente das circunstâncias.
Internautas foram às redes sociais lamentar o episódio e pedir uma dura pena a ser imputada ao professor.
Fonte: Pleno.News
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