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11/05/2020 10:10
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Pesquisadores pedem mais estudos com remédio para azia contra Covid-19

O estudo não prova que a droga causou a menor taxa de mortalidade, é possível que seja apenas uma coincidência; por isso, é preciso que se façam mais pesquisas
Estudo com famotidina não prova que a droga causou a menor taxa de mortalidade; é possível que seja apenas uma coincidência / Foto: Volodymyr Hryshchenko/Unsplash
Redação com CNN

Pacientes que tomaram um remédio para azia contra o Covid-19 enquanto estavam internados tinham duas vezes mais chances de sobreviver à infecção, de acordo com um artigo publicado sexta-feira (8), em um site de pré-publicação. Mas não está claro se os pacientes se saíram melhor por causa da famotidina ou se foi uma coincidência.

A famotidina está no mercado há quase 40 anos.

Entre os 1.536 pacientes que integraram o estudo e que não estavam tomando famotidina, 332 ou 22%, morreram ou foram entubados e submetidos a um respirador. Entre os 84 pacientes que estavam tomando famotidina, 8 ou 10% morreram ou foram colocados em um respirador.

"Em comparação com o restante dos pacientes, aqueles que receberam famotidina tiveram um risco 2 vezes menor de morrer ou ser entubado", segundo os autores do estudo.

Os pacientes que estavam tomando famotidina iniciaram o tratamento nas 24 horas seguintes à entrada no hospital. Alguns tomaram o medicamento por via oral e outros por via intravenosa, em doses variadas. Cerca de 15% deles já o levavam em casa.

O estudo não prova que a droga causou a menor taxa de mortalidade — é possível que seja apenas uma coincidência.

"Não está claro por que os pacientes que receberam famotidina tiveram melhores resultados", escreveram os autores. "Esta é apenas uma associação, e esses achados não devem ser interpretados como significando que a famotidina melhora os resultados em pacientes hospitalizados com Covid-19."

Médico adverte sobre uso da famotidina

O estudo foi publicado no medrxiv.org, uma plataforma da Universidade de Yale e não foram revisados pelos pares científicos dos autores.

Com base nesses resultados, Conigliaro afirma que médicos poderiam começar a prescrever famotidina para seus pacientes que testaram positivo para coronavírus, antes mesmo que os resultados do estudo clínico sejam conhecidos, mas ele não recomenda.

"Acho que os médicos devem esperar por mais dados do estudo prospectivo", disse ele.

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