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11/10/2023 09:11
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Porta-voz israelense diz que há brasileiros entre os reféns do Hamas

O Representante do Ministério da Defesa disse que há várias pessoas de outras nacionalidades sob domínio do grupo terrorista
/ Foto: Estadão Conteúdo
Redação com G1

O Ministério da Defesa de Israel disse que há brasileiros entre as pessoas feitas de reféns pelo Hamas em Gaza.

Karla Stelzer Mendes, uma brasileira que estava no festival de música eletrônica Universo Paralello, está entre as pessoas desaparecidas, mas não há confirmação de que seja ela a pessoa que esteja feita de refém pelo Hamas.

Outros dois brasileiros desaparecidos, Bruna Valeanu e Ranani Glazer, foram encontrados mortos em Israel.

Segundo o governo israelense, cerca de 150 pessoas foram feitas de reféns durante a invasão do Hamas neste sábado (7). Entre as pessoas sequestradas e levadas para Gaza estão idosos, crianças, professoras, além da DJ Shani Louk que participava do festival de música Universo Paralello.

Ao todo, 2.255 pessoas morreram, segundo os dois lados.

Após a ofensiva do Hamas, Israel contra-atacou bombardeando Gaza. A região que é uma estreita faixa de terra com cerca de 40 quilômetros de comprimento, situada entre Israel, o Egito e o Mar Mediterrâneo sofreu com ataques e um bloqueio total.

Israel bloqueou a passagem de alimentos, água, combustível e medicamentos na Faixa de Gaza.

Nesta quarta-feira (11), o Hamas disse que a única usina de energia da região não estava mais operando.

As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter feitos novos bombardeios contra a Faixa de Gaza, destruindo alvos ligados ao grupo terrorista, no entanto, autoridades locais alegam que diversos alvos civis também foram atingidos. Foram mais de 400 ataques nas últimas 24 horas, sendo ao menos 200 só nesta quarta.

A agência da ONU para refugiados palestinos informou que nove de seus funcionários foram mortos com os ataques aéreos.

Juliette Touma, diretora de comunicações, disse que os ataques mataram os funcionários da ONU dentro de suas casas.

Em outro desses ataques israelenses, segundo autoridades do Hamas, atingiu a casa da família de Mohammad Deif, um dos dois líderes militares do grupo terrorista. O bombardeio matou o pai e o irmão de Deif, além de outros dois parentes. O paradeiro de Deif segue desconhecido.

O que aconteceu até agora?

Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou 5 mil foguetes.

Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país.
Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.

omo foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.

"Estamos em guerra e vamos ganhar", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque.
"O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu."
Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.

Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais indicava, na manhã desta terça-feira, que mais de 2.255 pessoas morreram. Mais de 1.200 foram em Israel. O Ministério da Saúde de Gaza informou ter registrado 1055 mortes de palestinos.

O que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.

Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km².
Para se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba (434,8 km²).
Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.

Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes.

Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.

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