O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, está em visita à Ucrânia, conhecendo regiões atingidas pela invasão russa em curso no país. Durante a visita do representante à capital, Kiev, autoridades ucranianas denunciaram bombardeio russo.
Dois mísseis de cruzeiro teriam atingido a região oeste da cidade na noite desta quinta-feira (28/4), no horário local. Poucas horas antes, Guterres visitou o local para conhecer espaços onde os ucranianos encontraram corpos de civis depois da retirada das tropas do Kremlin.
Apenas um dia antes, o secretário-geral da ONU esteve com o presidente russo, Vladimir Putin. “No dia anterior ele estava sentado em uma longa mesa no Kremlin, e hoje as explosões estão acima de sua cabeça. Cartão postal de Moscou?”, provocou Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky.
O ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, foi outra autoridade ucraniana que destacou os ataques vindos de um membro do conselho de segurança da ONU. ” Este é um ataque à segurança do secretário-geral e à segurança mundial”, definiu.
Liberação de civis em Mariupol
Guterres prometeu negociar a retirada de civis da fábrica de Azovstal, o último reduto dos combatentes ucranianos em Mariupol. Agora reduzida a ruínas, era habitada por mais de 400 mil pessoas, e tornou-se uma cidade fantasma.
O representante das Nações Unidas salientou que é preciso negociar condições seguranças e ter a confiança que o acordo será honrado. “O nosso objetivo é sexta-feira (29/4). Mas não posso garantir, porque estamos ainda a discutir as modalidades”, frisou.
Antes de chegar a Kiev, Guterres esteve em Moscou. Terminou sem avanço a reunião realizada na terça-feira (26/4) entre ele e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Guterres disse a Lavrov que a invasão da Ucrânia é uma violação da integridade territorial e vai contra a carta das Nações Unidas. “Ficou claro que existem duas posições diferentes sobre o que está acontecendo na Ucrânia“, reclamou o chefe da ONU.
Para a Rússia, o que está acontecendo é uma “operação militar especial” para combater “nacionalistas neonazistas.
Fonte: Metrópoles
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