Sete imigrantes morreram de frio quando tentavam cruzar o mar Mediterrâneo, procedentes da Líbia, em uma embarcação com 280 pessoas a bordo, disse o prefeito da ilha italiana de Lampedusa, Toto Martello, à AFP, nesta terça-feira (25).
"Três pessoas morreram durante a travessia. Outras quatro chegaram com hipotermia severa e morreram durante a transferência para a ilha, após serem interceptadas pela guarda costeira italiana", relatou o prefeito Martello.
De acordo com o programa humanitário das igrejas evangélicas italianas, o Mediterranean Hope, as 280 pessoas a bordo são oriundas de Bangladesh, Egito, Mali e Sudão, e "quase todas se encontravam em estado de hipotermia severa".
As sete vítimas eram de Bangladesh, informou a imprensa italiana.
"O que mais surpreende é o silêncio ensurdecedor do governo italiano e da Europa diante dessas mortes", lamentou Martello.
Os sobreviventes foram enviados para o centro de saúde e para o alojamento da pequena ilha, mais próxima da África do que da Itália.
O centro, que tem 250 vagas, abriga mais de 600 pessoas no momento e teme-se que mais imigrantes cheguem, fugindo da guerra e da pobreza.
O número de migrantes que chegaram à Itália aumentou de forma considerável, passando de 34 mil, em 2020, para 64,5 mil, em 2021.
"A chegada de migrantes se tornou um fenômeno permanente. Não há diferença entre o verão e o inverno", ressaltou Martello.
Apesar das temperaturas abaixo de zero e do mar agitado, cerca de 1.750 pessoas chegaram à Itália desde o início do mês. É número elevado em comparação com as 379 que desembarcaram no mesmo mês do ano passado.
Fonte: R7
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